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Convivência

Problema estrutural

Barulho é o maior vilão da vida em condomínio, aponta levantamento

quarta-feira, 5 de junho de 2013
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 Barulho gera maioria das brigas nos condomínios

Vanessa Miazaki diz que agora vive “em um paraíso”, mas já teve poblemas
 
O barulho registrado depois das 22h e nos finais de semana em condomínios de São Paulo é a causa de cerca de 40% das multas aplicadas contra os moradores locais. 
 
O estudo realizado pela Lello, empresa de administração condominial, é focado na capital paulista. O Secovi (Sindicato da Habitação), do Vale do Paraíba, confirma que esta é a principal causa das reclamações também na região.
 
Festas e confraternizações nos apartamentos fazem parte do montante de reclamações, mas a principal perturbação é o barulho cotidiano, como latidos, salto alto e móveis sendo arrastados. “O silêncio deve prevalecer diuturnamente. O barulho excessivo deve ser combatido a qualquer hora do dia, não só entre 22h e 6h”, afirmou Iolanda Rufino dos Santos, diretora da área de condomínios da regional do Secovi no Vale do Paraíba.
 
Segundo ela, a mediação desse tipo de conflito entre vizinhos deve ser realizada pelo síndico. “Nós sempre orientamos para que todo prédio tenha um livro de reclamações. Assim, tudo poderá ser registrado ali. E, em caso de termos muitas reclamações por causa de um mesmo motivo, mandamos uma advertência ao condômino que está causando o transtorno”, disse Iolanda. 
 
A multa só é aplicada se, ainda assim, houver reincidência. O valor, que geralmente consta nas regras de cada prédio e foi pré-determinadas em assembleia realizada com os moradores, pode chegar ao valor de um condomínio.
 
Tolerância. O corretor de imóveis Oscar Paulo Florentino, 60 anos, síndico há dois anos de um edifício da Vila Adyanna, tem na ponta da língua as regras de boa convivência. “A tolerância é primordial. Os moradores têm que estar cientes das regras do condomínio e devem segui-las”, disse o rapaz que administra um prédio de 36 apartamentos.
Ainda segundo ele, as questões mais complicadas, como a reincidência de infrações disciplinares, são levados à assembleia dos moradores realizada todo mês. 
“Nessas reuniões, tentamos juntos chegar a uma resolução que seja satisfatória para todos”, disse.
 
Diálogo. A professora Vanessa Miuki Miazaki, 33 anos, diz que agora vive “em um paraíso”, mas já teve problemas com vizinhos.
“O que mais incomoda é a televisão ou o aparelho de som no volume alto. Quando estou assistindo TV e alguém aumenta o som do seu televisor ou do rádio me obriga a aumentar o volume também. Acaba virando uma guerra de sons. Isso é horrível”, afirmou.
Segundo ela, que mora em um edifício no Centro de São José, diante de um problema como este, antes de falar com o síndico, optou por conversar diretamente com a vizinha.
“Foi a melhor coisa que fiz, Descobri que como era idosa, ela tinha dificuldade para ouvir. O problema é que, às vezes, dormia com a TV ligada. Então, combinamos dela desligar antes de pegar no sono”, disse.
Segundo Iolanda, os moradores devem pensar: eu gostaria que fizessem isso comigo? “É uma forma de se nortear e ter consciência do transtorno que algumas ações podem trazer aos vizinhos.”
 
 
Cão e estacionamento também incomodam
São José dos Campos
 
Além do barulho, segundo a pesquisa realizada pela Lello, estão empatadas em segundo lugar no ranking de reclamações nos condomínios o estacionamento de veículos fora da vaga do condômino ou em espaços destinados a visitantes e o transtorno causado por cães. 
Ambas infrações são responsáveis por 20% das multas aplicadas nos condomínios. Há ainda problemas com a utilização da vaga da garagem como depósito de móveis e outros objetos, o uso de apartamento para fins não residenciais, alterações na fachada do prédio e lixo jogado pela janela, principalmente cigarros, que somam outros 20%. 
 
Lei. Segundo o Código Civil Brasileiro, o valor da multa paga pelos moradores por causa de uma infração pode chegar a dez vezes o valor do condomínio.
É possível ainda resolver as questões na Justiça.

Fonte: http://www.ovale.com.br/

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