Bombeiros de Londrina encontram problemas no Residencial Cancun III
Betânia Rodrigues, especial para odiário.com
O Corpo de Bombeiros de Londrina identificou rachaduras no Residencial Cancun III (zona norte) e procura documento que liberou os projetos hidráulico, elétrico, estrutural e a central de gás do empreendimento. A constatação é resultado de uma vistoria, realizada na manhã desta segunda-feira (6), atendendo solicitação do Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o coronel Jorge Luiz, comandante do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros, o setor de vistorias não encontrou provas de que os bombeiros analisaram os projetos antes da construção, conforme determina a legislação.
"Solicitamos à sindica do condomínio e vamos pedir também à prefeitura que apresente todos os documentos referentes à obra. Além disso, vamos convidar os engenheiros responsáveis da Secretaria Municipal de Obras que nos acompanhem em vistoria oficial", adiantou.
Com base em nova inspeção, o comandante disse que será possível saber, por exemplo, se as rachaduras são simbólicas ou demandam cuidado.
"Vamos subsidiar o Ministério Público Federal, a prefeitura e o próprio condomínio com as informações necessárias. Caso encontremos irregularidades nos projetos específicos complementares à execução da obras, vamos oferecer orientação técnica e definir prazos de adequação", completou.
Segundo informativo da assessoria de imprensa do MPF, a vistoria solicitada vai instruir o Procedimento Administrativo já instaurado na Procuradoria da República em Londrina, em 2011, para apurar o caso.
Os moradores do Residencial Cancun III haviam protocolado uma representação no MPF para que fossem apuradas possíveis irregularidades no empreendimento que faz parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), instituído pelo governo federal para população com renda familiar de até R$ 1.800,00. Este programa é gerenciado pelo governo federal, Caixa Econômica Federal, prefeitura, construtora, administradoras e arrendatários.
Na representação, os moradores informam que o residencial foi entregue há três anos e que, desde então, já apresentou diversos problemas. Alguns deles identificados já no início das mudanças, em março de 2009, quando alguns imóveis apresentaram problemas de rachaduras externas e internas.
Eles também alegaram que a obra foi executada em um terreno inclinado, o que causa constantes alagamentos em períodos de chuva, falta de acessibilidade para pessoas com deficiência e alguns apartamentos do andar superior apresentam rachaduras no chão.
Uma das principais preocupações dos moradores diz respeito ao sistema de gás: as centrais foram construídas em áreas inadequadas, muito próximas ao transformador de energia da Copel e à garagem do residencial
Fonte: http://londrina.odiario.com
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