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Administração

Propina de pichadores

Porteiro nega envolvimento com pichadores em Campo Grande

quinta-feira, 5 de março de 2015
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Porteiro presta depoimento e nega receber propina de pichadores em MS

Delegado diz que outros porteiros suspeitos também serão ouvidos. Investigação teve início após jovem denunciar prática da propina. A Polícia Civil identificou três porteiros suspeitos de receber propina de pichadores em Campo Grande. Ao G1, o delegado Wilton Vilas Boas, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista (Decat), disse que apenas um deles prestou depoimento e negou qualquer relação com os suspeitos de praticar este crime.

“O porteiro prestou depoimento no mês de fevereiro e negou qualquer envolvimento com pichadores. Agora a investigação está em andamento para saber se a informação de propina procede e em que circunstâncias eles recebiam, seja pela quantidade de pichadores ou por prédio pichado", afirmou o delegado.

Em depoimento, um suspeito de pichação disse recentemente que ofereceu certa quantia a um porteiro do bairro Chácara Cachoeira. No entanto, o homem quis um valor maior e por isso os suspeitos desistiram de ir ao local.

"As informações são baseadas no depoimento dos jovens, que podem estar mentindo, por isso todos os inquéritos estão em andamento", comentou o delegado Silvano Mota.

Entenda o caso

Quando foi preso, um jovem suspeito de pichação disse que funcionários de prédios recebiam propina para permitir a entrada do grupo. O suspeito lidera um grupo nas redes sociais, com codinomes nos quais eles combinam os locais de pichação e, por isso, a Polícia Civil instaurou um inquérito.

"É uma investigação criteriosa, até porque envolve o emprego de algumas pessoas. Ele pode simplesmente inventar este argumento para tentar tirar a sua culpa”, comentou, em entrevista recente, o delegado. Em dezembro de 2014, durante as buscas dos suspeitos de picharem um prédio no bairro São Francisco, além de outros na região central, a polícia teve acesso a dezenas de vídeos nos quais eles mostram a ação criminosa.

Crime

Pichar, grafitar ou escrever em locais sem a autorização do proprietário é considerado crime pelo artigo 65 da Leis de Crimes Ambientais e a pena pode ser de três meses até um ano de detenção, além de multa.

Ao todo, de acordo com as estatísticas da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp/MS), 101 casos de danos a patrimônios públicos já foram registrados desde o início do ano, em Campo Grande.

Fonte: http://g1.globo.com/

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