Quadrilha do RJ
Grupo que rouba apartamentos é suspeita de crimes na Zona Sul
Quadrilha que rouba e furta apartamentos é suspeita de crimes na Zona Sul do Rio e Niterói
RIO — A Polícia Civil investiga uma quadrilha liderada por mulheres de São Paulo que rouba e furta apartamentos na Região Metropolitana do Rio. Nas últimas duas semanas, foram pelo menos dez registros feitos na 12ª DP (Copacabana), 13ª DP (Ipanema), 14ª DP (Leblon), 15ª DP (Gávea) e 77ª DP (Icarai).
Na última ação, na tarde do último sábado, por volta das 14h20, o grupo fez uma vítima em um prédio na Rua Hilário de Gouveia. Na ocasião, uma mulher entrou no edifício alegando que iria visitar a avó. Ela subiu pelo elevador social, mas não conseguiu entrar devido a uma fechadura. Ela desce e sobe novamente, desta vez pelo elevador dos fundos.
Câmeras do circuito interno mostram ela arrombando a porta do imóvel. Logo em seguida, ela pega seu celular e desce mais uma vez, para buscar uma mulher e um homem ainda não identificados. Segundo informações de uma moradora, o trio entrou no apartamento e trancou a vítima, uma senhora de cerca de 70 anos, em um dos quartos e recolheram o celular dela, além de a ameaçarem com uma faca. Eles permaneceram no imóvel por cerca de 30 minutos e levaram apenas dinheiro e um celular.
— A vítima tinha um telefone fixo dentro do quarto e conseguiu ligar para mim. Fui eu quem chamou a polícia e avisei o porteiro, que começou a interfornar para todos os moradores para avisar o que estava acontecendo. Eles já tinham ido embora quando a polícia chegou. O prédio foi todo revistado por cerca de 15 policiais. À noite fizeram perícia para recolher as impressões digitais. Eles não tinham bolsa, mochila ou mala. Foi assustador — conta uma moradora que prefere não se identificar.
De acordo com os investigadores, no geral os criminosos não utilizam violência nas ações. Eles alertam que funcionários dos prédios devem ficar atentos a entrada de pessoas estranhas e exigir identificação antes de liberar a porta aqueles que não são moradores. Em todas as ações em que foram flagrados, os bandidos faziam uso de máscaras de proteção, o que dificulta suas identificações em imagens de câmeras de segurança.
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