Aproveitar área comum rende qualidade de vida
Fábio Castaldelli
As construtoras têm investindo cada vez mais em empreendimentos que seguem o conceito condomínio-clube. No entanto, não é necessário morar em um desses residenciais para desfrutar de áreas de lazer que inspiram qualidade de vida. Prova disso, é que muitos síndicos e condôminos têm dado nova ocupação para espaços antigos ou ociosos, com a proposta de levar mais lazer e bem-estar aos moradores.
Cleonisse Perina é síndica há nove anos de um condomínio que abriga cerca de mil moradores e mostra que é possível, mesmo com medidas simples, atender à demanda por área de lazer, conferindo um diferencial à edificação.
Há três anos uma área que antes não tinha uso no condomínio e que causava transtornos aos moradores em dias chuvosos, por conta do lamaceiros, deu lugar a uma Academia da Terceira Idade (ATI).
"Os condôminos adoraram a ideia, pois agora podem se exercitar à vontade. Vale ressaltar que não são apenas pessoas da terceira idade que utilizam a academia. As crianças e jovens também não saem de lá", diz.
Além da ATI, outra mudança realizada na área comum do condomínio foi a criação de um jardim estilizado, com direito a várias espécies de plantas, passarela e bancos.
"Esse é um local privilegiado, onde se pode entrar em contato com a natureza, colocar a conversa em dia, ou ficar observando os filhos brincarem. Acredito que a boa convivência entre os condôminos é favorecida, e muito, com a criação de espaços sociais como este", completa ela.
Academia e redário
Assim como jardins e ATIs, uma série de possibilidades também podem assegurar aos moradores em condomínios antigos mais qualidade de vida.
Entre as opções, o arquiteto e professor do curso de Arquitetura do Cesumar Cássio Tavares de Menezes Júnior destaca que a montagem de uma academia de musculação, ainda que com poucos aparelhos, é geralmente a alternativa mais escolhida. "As pessoas estão preocupadas com a saúde, mas preferem não abrir mão do conforto. Sendo assim, montar uma academia no condomínio em um espaço ocioso é inteligente e fácil", afirma.
Outra medida é disponibilizar aos condôminos uma sala de jogos com brinquedos, mesas de pingue-pongue e sinuca. Outra iniciativa para trazer mais qualidade de vida e melhorar a convivência é apostar em redários. Já para manter o contato com a natureza, floreiras ou vasos são facilmente adequados e rendem ótimos resultados.
"Além disso, gazebos e demais espaços contemplativos também contribuem para que as pessoas tenham um lar mais aconchegante e distante da frieza do concreto", acrescenta Menezes Júnior.
Convoque a assembleia
O diretor de Condomínios da regional em Maringá do Sindicato da Habitação (Secovi), Junzi Shimauti, explica que todas as ações referentes às adaptações das áreas comuns dos residenciais devem ser decididas em comum acordo pelos moradores e aprovadas em assembleia. Quando há custos embutidos nessas modificações, ele tem de ser divido em partes iguais entre os condôminos.
Além de trazer mais qualidade de vida e ocupação a espaços ociosos, Shimauti lembra que ações como essa tendem a valorizar o empreendimento. Bom para o dono do imóvel e para o locatário. Eis os motivos para investir o quanto antes em medidas que vão de encontro à qualidade de vida e à melhor destinação dos espaços.
RETROFIT
Em condomínios mais antigos, muitas vezes as adaptações, que tem como objetivo levar mais qualidade de vida aos moradores, demandam a readequação da estrutura física do local. É levando isso em consideração que uma técnica chamada retrofit entra em ação. Trata-se de um serviço que adequa imóveis antigos às necessidades atuais, melhorando as instalações elétricas e hidráulicas, por exemplo. Porém, vale o alerta: para realização do retrofit, contrate os seviços de um engenheiro civil e/ou arquiteto.
Fonte: http://maringa.odiario.com
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