Rachaduras em Natal
Prefeitura interdita prédio com danos estruturais
Defesa Civil interdita bloco de condomínio em Natal por conta de rachaduras
Problema estrutural fez com que 28 apartamentos fossem desocupados. Empresa diz que encomendou perícia e que não há risco de queda. Documento será analisado pela Defesa Civil
A Defesa Civil de Natal interditou um bloco de um condomínio no bairro Planalto, na Zona Oeste da capital, nesta semana por conta de rachaduras apresentadas na estrutura. Em uma dessas rachaduras, é possível ver, de dentro do corredor, o lado de fora do condomínio.
Ao todo, há 28 apartamentos no bloco e todos os moradores precisaram sair. Segundo alegou um deles, o problema foi reparado com mais gravidade no fim de semana, quando, após uma chuva forte, o corredor do andar onde mora ficou alagado e rachaduras apareceram também internamente.
"A minha primeira reação foi tirar minha família daqui. Eu estou com a minha esposa com 9 meses, já para ter neném. E uma situação dessas. A qualquer momento dá outra chuva e aí? Aluguei outra casa ali, nas pressas, nas "carreiras", pra poder sair. A gente já vinha tendo problema desde o começo com vazamento de gás, mas era bem mais leve, não era dessa proporção", contou Leonardo Silva, que mora no 3º andar do prédio.
A Defesa Civil fez uma nova vistoria no prédio nesta quarta-feira (11) e informou à Inter TV Cabugi que é necessário laudos feitos por peritos para que haja definição quanto ao futuro da estrutura, se será liberada ou não.
A construtora responsável pelo empreendimento informou que já realizou duas perícias e encaminhou os laudos para a Defesa Civil.
"Já fizemos dois laudos, existe até o terceiro laudo já comprovando que houve esse problema na junta dilatação, mas que nós vamos sanar. Nós já começamos a saná-lo a partir de hoje [quarta]. A empresa tem estado muito preocupada. Não há risco de demolição, segundo os próprios laudos, que são feitos por engenheiros que entendem da área de estrutura", disse o advogado da construtora Kaleb Freire.
O advogado disse ainda que a empresa acomodou algumas famílias em hotéis e que dos 28 apartamentos interditados "apenas oito estão nesse lado que houve essa junta dilatação".
A Defesa Civil confirmou que, dependendo do resultado do laudo, parte desses apartamentos podem ser liberados da interdição e as famílias poderão retornar nesta quinta-feira (12).
Os moradores, no entanto, reclamam da falta de informação da construtora sobre soluções para o problema e prazos. "Interditaram e não informaram nada, previsão de conserto, nada. A gente não pode ficar, o prédio não é condenado. E aí, como a gente fica? Sem água, sem gás? Tem que sair", reclama Leonardo Silva, morador do 3º andar.
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