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Ambiente

Reciclagem em condomínios

Condomínio em Maringá (PR) dá exemplo de cuidado ao meio ambiente

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
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 Os bons e os maus exemplos de sustentabilidade em Maringá 

O maior condomínio vertical de Maringá dá exemplo de sustentabilidade para a cidade inteira. Os 2,3 mil moradores dos 480 apartamentos do Conjunto Habitacional Maringá, na Zona 7, separam resíduos orgânicos do material reciclável. Vidro, plástico, papel e metal são vendidos a empresas e o dinheiro, rateado entre os funcionários.
 
A ideia do programa de reciclagem surgiu depois de o síndico do condomínio passar uma temporada no Japão.
 
"Lá os recicláveis são embalados com o nome e o endereço do morador e deixados na calçada", conta o síndico Hajime Oshita. "O Japão aproveita tudo, e por isso, o país vai pra frente."
 
Oshita não esconde que, na volta ao Brasil, enfrentou resistência de alguns moradores frente ao novo projeto. "Nem todos aceitaram e justificavam que não tinham tempo e achavam difícil separar o lixo." Com paciência e persistência, hoje o projeto tem quase 100% de adesão.
 
Oshita explica que a única exigência é que o material reciclável seja separado do lixo orgânico e depositado em latões espalhados nas cinco portarias. Funcionários recolhem diariamente os resíduos e levam para um depósito, onde é feita a triagem. "O pessoal se conscientizou de que temos que cuidar do meio ambiente."
 
Ana Carla Germano, moradora há 10 anos do Conjunto Maringá, apoiou a ideia desde o início. "Foi ótimo e todos deveriam aderir." Ela divide um apartamento no Bloco F com três amigas; uma delas, de Cabo Verde, afirma que levará para o país africano o exemplo que aprendeu no Brasil. "Dá tempo de separar, sim. É só querer", incentiva. 

Rateio

 
Os recicláveis são armazenados em um depósito e vendidos a empresas. Na última venda, a 1,5 tonelada de material recolhido por 15 dias rendeu R$ 171 ao caixa do condomínio. No ano passado, foram arrecadados quase R$ 4 mil com a venda dos recicláveis. Parte do dinheiro – R$ 2.594 – foi rateada entre os 32 funcionários. Cada um recebeu R$ 81. Outros R$ 1.225 foram reservados para a compra de cestas natalinas. "O que interessa é que não haja degradação do ambiente. O dinheiro é o que menos importa", diz o síndico.

Água

 
O condomínio adota outras práticas sustentáveis, como coleta de óleo de cozinha e captação de água da chuva. O óleo é despejado em tambores e doado a empresas que fabricam sabão. O produto é muito poluente: cada litro de óleo que a dona de casa joga no ralo da pia contamina 1 milhão de litros de água.
 
Para captar água da chuva foram investidos R$ 28 mil no sistema; a taxa por apartamento foi de R$ 58. São 15 caixas d’água de 2 mil litros cada. O sistema tem capacidade para armazenar até 30 mil litros de chuva. O investimento, feito há seis anos, gera economia de R$ 980 por mês na conta de água do condomínio e também ajuda a administração a poupar na conta de energia, já que agora a bomba de água é acionada com menos frequência. 

BENEFÍCIOS DA RECICLAGEM X MALEFÍCIOS DO LIXO

 
Reduz custos de produção para indústrias Gera de empregos Reduz volume de lixo lançado em aterros e fundos de vale
Poupa matérias-primas e energia
Diminui gastos com limpeza urbana, tratamento de doenças, controle de poluição, construção de aterros sanitários e recuperação de áreas degradadas
Reciclar 1 tonelada de papel evita o corte de 20 eucaliptos
Vidro é 100% reciclável e a reciclagem poupa 70% de energia
100 toneladas de plástico reciclado evitam a extração de 1 tonelada de petróleo
Produzir alumínio reciclado usa 5% da energia necessária para fabricar o produto primário
Brasil é campeão na reciclagem de latas de alumínio: 96,7% são recicladas
A economia com a reciclagem de uma lata de alumínio é suficiente para manter uma geladeira ligada por 10 horas 

MALEFÍCIOS DO LIXO

É o maior causador da degradação do meio ambiente
Óleo de cozinha é um dos materiais mais nocivos: 1 litro polui 1 milhão de litros de água
Lixo doméstico jogado em rios, terrenos e encostas de
morros desestabiliza o solo, entope bueiros, polui a água
e atrai vetores (ratos, moscas, baratas, mosquitos, urubus, bactérias) nocivos à saúde
Lixo a céu aberto é problema de saúde pública. Por atrair vetores, causa diarreia, malária, febre amarela, cólera, dengue, leptospirose, infecções, alergias
Montanhas de lixo liberam fumaça tóxica: o gás metano
Quando lixo se mistura com a água da chuva, o chorume infiltra com mais facilidade do solo e contamina o lençol freático

 

Fonte: www.odiario.com

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