Condôminos decidem pela reforma do Edifício Senador
Após assembleia entre os condôminos do Edifício Senador, – que desabou parcialmente em fevereiro do ano passado, o que resultou na morte de duas pessoas – ficou decidido que o prédio, localizado na região central de São Bernardo, será reformado. A reunião entre os proprietários das 74 salas comerciais do imóvel foi realizada na noite de quinta-feira. Aproximadamente 80% dos participantes do encontro votaram a favor da reconstrução.
“Houve quórum suficiente e vamos partir agora para a fase de projetos”, disse o síndico Lauro Salera.
Segundo apuração feita pela equipe do Diário junto a proprietários de salas que participaram da assembleia, foi apresentado orçamento inicial que avalia a reforma em R$ 12 milhões. No entanto, Salera não quis confirmar os números. “O valor que temos até o momento é apenas estimativo. Só teremos custo definido após finalização do projeto”, alegou.
Na reunião, os condôminos aprovaram projeto que será realizado pela Falcão Bauer para revitalização do prédio – a empresa já havia elaborado laudo que apontava a viabilidade da reforma. O estudo tem custo de R$ 360 mil. O valor será pago pelos proprietários, dividido pela quantia de metros quadrados que cada um possui no prédio.
Após finalização do levantamento técnico, será constituída comissão de obras, que fará orçamento em três empreiteiras. “Vamos aguardar a elaboração dos projetos e depois partir para a fase de orçamentos e execução. Obras só no ano que vem”, garantiu o síndico.
Um dos condôminos que participaram da assembleia disse que o histórico negativo do prédio não é temido pelos proprietários. “Não há risco. Nenhuma construtora iria pegar algo que tivesse algum problema estrutural e assumir o risco”, afirmou José de Arimatheia Barcellos, representante legal do dono da área onde funcionava a Lanchonete Rainha, no térreo.
HISTÓRICO
Na tarde de 6 de fevereiro de 2012, todas as lajes do Edifício Senador nas salas com final quatro desabaram. O incidente resultou na morte da enfermeira Patrícia Farias de Lima, 26 anos, e Júlia Moraes, 3.
No dia seguinte ao ocorrido, usuários do prédio declararam que o imóvel tinha histórico de vazamentos e infiltrações. Meses depois, laudos realizados pela empresa Falcão Bauer e pelo IC (Instituto de Criminalística) confirmaram que esses problemas resultaram na tragédia. Ninguém foi indiciado criminalmente pelo ocorrido.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/
Matérias recomendadas