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Segurança

Rio de Janeiro

Polícia prende suspeito de envolvimento em invasão em Guadalupe

quarta-feira, 3 de julho de 2024
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Suspeito de estar envolvido em invasão de condomínio é preso no Rio

 
O presidente da Associação de Moradores da Favela Gogó da Ema, Carlos Henrique de Oliveira, foi preso, nesta sexta-feira (21), por envolvimento na invasão do condomínio do programa "Minha Casa, Minha Vida" em Guadalupe, no Subúrbio do Rio, por policiais da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque). As informações são da Polícia Civil.
 
Segundo investigações da Polícia Civil, Carlos Henrique de Olivera e Paulo Aquino, que foi candidato a deputado estadual e também teve mandado de prisão expedido pela Justiça, agiram como organizadores da invasão. Carlos Henrique, de acordo com a delegacia, também responde a um inquérito por vender vagas no condomínio. Os policiais também vão cumprir  mandados de busca e apreensão na sede da associação de moradores.
 
Na mesma operação nesta sexta, policiais da 39ª DP (Pavuna) prenderam Davi da Conceição Carvalho, um dos traficantes do Morro do Chapadão. Contra ele tinham pendentes dois mandados por tráfico de drogas, dois por homicídio e um por roubo a mão armada.
 
De acordo com investigações da 31º DP (Ricardo de Albuquerque), o presidente da associação prometia selecionar moradores para viver no condomínio do Minha Casa, Minha Vida, que, no entanto, são escolhidos em um sorteio feito pelo governo federal.
 
A operação na comunidade contou com 100 homens e dois helicópteros blindados, já que a área é considerada perigosa e não há planos de instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local.
 
Na associação de moradores teriam sido encontradas cápsulas de armas, que vão ser submetidas a perícia. Carlos Henrique disse que elas seriam vendidas para um depósito de ferro velho e negou que tenha relação com a invasão do condomínio. Ao G1, ele disse que estariam usando seu nome. A polícia suspeita que ele seja um eventual colaborador do tráfico de drogas na região.
 
Também nesta sexta, segundo informações do delegado titular da unidade, Hércules Pires do Nascimento, outro líder da invasão foi preso, este pela 39º DP (Pavuna). O traficante Davi da Conceição Filho seria um dos articuladores da ocupação.
 

Reintegração

 
A reintegração de posse do conjunto habitacional do "Minha Casa, Minha Vida", o Residencial Guadalupe, no Subúrbio do Rio, ocorreu quarta-feira (19). O local, um condomínio com 11 prédios, foi invadido no dia 9 de novembro por cerca de 200 famílias, segundo informações do Tribunal de Justiça (TJ-RJ). Policiais do 41° BPM (Irajá) auxiliaram os oficiais de Justiça durante a notificação de cumprimento de ordem judicial e o Comando de Operações Especiais (COE) dava suporte no entorno do local. Até o meio-dia, a desocupação acontecia de forma pacífica.
 
A reintegração tinha gerado expectativa porque desde o dia da invasão, imagens do Globocop mostraram um homem armado de fuzil no condomínio e um carro em chamas em um terreno que margeia a Estrada do Camboatá, que fica no entorno do conjunto invadido. Também foram vistas barricadas feitas com estruturas de concreto para evitar o trânsito de imóveis em quarteirões próximos ao empreendimento.
 

Área é considerada violenta

 
O conjunto habitacional fica ao lado da Favela Gogó da Ema. A área é considerada violenta, onde traficantes costumam instalar barricadas para dificultar as operações da polícia.
 
Na terça-feira (11), um homem com um fuzil foi flagrado caminhando dentro do condomínio. Um grupo de moradores também abriu uma passagem no muro que divide o condomínio de um terreno onde existem vários barracos.
 
As famílias contempladas pelo "Minha Casa, Minha Vida", que têm renda de até três salários mínimos, receberiam as chaves em dezembro. Mas a construtora BR4, responsável pela obra, admite que deve ser estabelecido um novo prazo de entrega. Em nota, a empresa informou que as obras foram finalizadas e o condomínio está em fase de legalização.
 
A Secretaria de Habitação do Rio de Janeiro informou que os donos dos apartamentos receberão os imóveis. O prefeito Eduardo Paes descartou a possibilidade de cadastrar os invasores em um programa social.

Fonte: http://g1.globo.com/

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