Riscos de desabamento
Mais um prédio em Fortaleza é interditado
Edifício em Fortaleza é interditado pela Defesa Civil depois de moradores ouvirem estalos na estrutura
Colunas têm rachaduras e ferros expostas. Defesa Civil apura condições da estrutura.
Um edifício de seis andares em Fortaleza foi interditado pela Defesa Civil por representar alto risco de segurança às pessoas, na noite desta quarta-feira (30). Durante o dia, os moradores do Condomínio Modigliane, localizado na Rua João Lobo Filho, no Bairro de Fátima, já demonstravam preocupação. Eles escutaram um estalo no prédio por volta das 14h, evacuaram o local e acionaram a Defesa Civil.
Segundo o morador Davi Landim, desde segunda-feira (28) homens trabalham na recuperação de uma coluna no primeiro andar. Nesta quarta (30), ele e outros moradores perceberam "estalos" no pilar, onde aparecem ferros expostos.
"Quando eles começaram a mexer nessa coluna, a gente já ficou preocupado pelo que aconteceu no Edifício Andrea. Começaram a aparecer as rachaduras, e a porta do elevador não tá abrindo mais. Peguei minha filha e minha esposa e fomos para a casa de minha sogra, só voltamos quando houver uma inspeção da Defesa Civil", disse.
Em 15 de outubro, o desabamento do Edifício Andrea matou nove pessoas, e sete foram resgatadas sob os escombros. As colunas do condomínio estavam em obras momentos antes de a estrutura ruir.
Maria do Socorro, moradora do 6º andar, reside no prédio há 20 anos e disse ter percebido as rachaduras, o que motivou um pedido de reunião para definir ações emergenciais de recuperação da estrutura.
"Os condôminos concordaram em fazer os reparos, mas nós achávamos que deveria primeiro se fazer a reestruturação, para saber se a gente podia permanecer no prédio para poder mexer, porque a nossa vida vale mais que o valor material. Mas o que vemos aqui, são muitas rachaduras, e o elevador está empenado, eu e minha mãe estamos com medo", relata ela que aguarda a vistoria da Defesa Civil para poder subir e pegar pelo menos alguns pertences.
Davi Rocha, diretor administrativo da empresa responsável pela gerência do condomínio, informou que o edifício não apresentava problemas estruturais na realização da mais recente inspeção predial, em 2017.
"A Defesa Civil foi chamada para comprovar que não havia qualquer problema que pudesse comprometer a edificação. A obra começou na terça-feira, no primeiro pavilhão do edifício por causa de uma infiltração e devido a isso os moradores ficaram preocupados, fazendo comparações com o caso do edifício Andrea, com isso, evacuaram o local por conta própria", disse, em nota.
Fonte: https://g1.globo.com/