Segurança eletrônica
Pesquisa Abese mostra os impactos da COVID-19 no setor
Pesquisa da Abese sobre os impactos da Covid-19 no setor de segurança eletrônica mostra crescimento na busca por tecnologias inteligentes
De acordo com o levantamento da Abese, 40% do setor notou crescimento na procura por soluções que atendem às novas demandas
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica (Abese) nos meses de abril e maio com indústrias, distribuidores e prestadores de serviço de todo o país, sobre os impactos da Covid-19 no setor, registraram que 40% das empresas do segmento notaram o aumento da procura por soluções de segurança voltadas às novas demandas que surgiram devido à pandemia.
Segundo o levantamento, entre as tecnologias mais buscadas durante este período estão as câmeras térmicas e o reconhecimento facial.
Antes do início do isolamento social, as câmeras térmicas - ainda utilizadas com foco na segurança - representavam 6,2% das vendas do segmento. Contudo, a pesquisa mostra que após o início da quarentena, a comercialização de câmeras capazes de identificar indivíduos com temperatura acima de 37,8°C (indício de quadros de febre), um dos sintomas de alerta da Covid-19, saltou para 13,7% das soluções comercializadas.
O crescimento ilustra a adaptabilidade das soluções do setor que, além de inovação, também investe no aprimoramento contínuo das tecnologias que já existem para que se adequem às novas demandas e alcancem novos mercados e não apenas a segurança.
Outra solução que registrou aumento na comercialização devido às exigências dos novos protocolos sanitários foram as câmeras com Reconhecimento Facial, que tiveram crescimento de 12,3%.
A necessidade de evitar as interações sociais dentro de condomínios residenciais e empresas aceleraram a procura por soluções inteligentes que atuam de maneira autônoma, como a identificação do acesso de pessoas/moradores.
Assim, a tecnologia desenvolvida para assegurar a segurança de acesso a ambientes restritos, incorporou um novo potencial de uso a partir das necessidades do “novo normal”.
O segmento de Portaria Remota também tem se mostrado bastante requisitado. Quase 20% dos entrevistados responderam que houve aumento pela procura das soluções que permitem o atendimento em condomínios e empresas à distância.
O segmento residencial, inclusive, apresentou algumas oportunidades de novos negócios durante a quarentena, puxados pelas soluções para monitoramento à distância de casas de veraneio que ficaram vazias devido às imposições de isolamento: 17,6% dos empresários perceberam o crescimento deste tipo de demanda.
Oportunidades de emprego no setor
O estudo também revela que 65,2% das empresas não demitiu nenhum funcionário e 20,3% das empresas chegaram a contratar novos colaboradores durante o mesmo período.
A pesquisa ainda indica que há novas oportunidades de vagas para o setor, 7,9% dos entrevistados afirmaram que ainda não efetivaram as contratações, mas estão em busca de novos talentos.
Dentre as áreas com mais oportunidades estão: área técnica (39,6%), área comercial (27,8%) e marketing (11%). O setor de segurança eletrônica é responsável por gerar mais de 250 mil empregos diretos e mais de 2 milhões indiretamente. Em 2019 o mercado de segurança eletrônica no Brasil faturou R$ 7,17 bilhões.
Na avaliação da Presidente da Abese, Selma Migliori, a pesquisa revela que há muito espaço para a segurança eletrônica no novo normal. “Muitos setores que não estavam prevendo investimentos para este ano na área de segurança eletrônica precisaram agora priorizar a implantação de soluções para a continuidade nos negócios.
No contexto de pandemia, muitas soluções já implantadas foram criativamente readaptadas. Estes pontos não desvalidam a crise que esta situação mundial representou para todos os setores da sociedade”, analisa.
Fonte: Abese.