Segurança eletrônica
Equipamentos cada vez mais sofisticados monitoram condomínios
Cariocas usam equipamentos de última geração para monitorar suas casas
Drones, agentes eletrônicos e vigilância pelo celular são as tecnologias mais procuradas para garantir segurança em casa
Monitoramento por drones, agente virtual que até fala com invasores, sistema de câmeras de altíssima resolução com acompanhamento da central de controle em tempo real, sensores de ultrassensibilidade. Não. Não se trata de um esquema de segurança para os Jogos Olímpicos.
É o que vem sendo instalado em residências, condomínios e lojas em bairros do Rio, como Tijuca, Méier e Jacarepaguá. Os equipamentos, com mensalidades a partir de R$ 150, em média, estão aposentando parafernálias antigas como cercas elétricas, de arames farpados, câmeras ultrapassadas, guaritas e até cacos de vidros sobre muros, que eram usados na tentativa de conter os índices de assaltos a residências, que continuam altos.
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), no último trimestre foram registrados no estado 1.794 roubos a lojas (em todo ano de 2015 foram 6.756) e 335 assaltos a residências, que chegaram a 1.186 casos ano passado. Mathieu Frison, diretor de Marketing da Verisure, empresa de alarmes monitorados e serviços conectados para casas e comércio na Europa, conta que a empresa passou cinco anos estudando o mercado brasileiro.
“Rio e São Paulo são os maiores mercados de monitoramento eletrônico do país. Mas a maioria dos clientes ainda usa equipamentos obsoletos e incorretamente, que pouco ajudam na prevenção e na solução de crimes. Sem contar que 80% das invasões têm conivência de vigias”, acrescenta.
Segundo ele, a evolução tecnológica permite, por exemplo, que fotos de invasores a imóveis possam ser captadas, inclusive na escuridão, e enviadas imediatamente à plantonistas de uma central de monitoramento 24 horas. Através de equipamentos sem fios, os agentes podem até falar com o intruso. “Se a vítima for feita refém, ela se comunicará por códigos”, detalha.
Dono de um imóvel na Tijuca, X., 45 anos, decidiu investir em um sistema de proteção moderno, depois de sofrer furtos. “Gastei R$ 2 mil com equipamentos e pago R$ 175 de mensalidade. Valeu a pena. Dois assaltos já foram frustrados este ano. Num deles, as 3h, o equipamento fotografou e me enviou pelo celular o rosto do invasor. A Polícia Militar chegou em cinco minutos. O criminoso fugiu, mas sem levar nada. Da segunda vez, o ladrão foi preso escondido na caixa d’água”, conta X. Ele lembra que alarmes disparados sem querer por animais (90% das ocorrências) evitam o deslocamento desnecessário da polícia.
Fernando Fonseca, dono da Drone Imagens, afirma que firmas de segurança patrimonial que prestam serviços a 37 shoppings do estado e a dezenas de condomínios, estão fechando contratos para monitorar áreas externas e internas. “Método é eficaz. Não expõe ninguém a riscos desnecessários”, resume.
SUA CASA NO CELULAR
De qualquer lugar, o morador, por meio de smartphones ou tablets, por exemplo, sabe o que está acontecendo dentro de sua casa, avisado por central de monitoramento. Ao mesmo tempo em que é alertado sobre a invasão do intruso, alarmes tocam a 120 decibéis e a PM é acionada.
FOTODETECTOR
Pequenos equipamentos que possuem flash permitem a gravação no escuro. Quando um invasor é detectado, uma sequência de imagens coloridas é enviada para a central. O dono do estabelecimento contactado e, se não reconhecer a pessoa que invadiu, a polícia é acionada.
ACESSOS BIOMÉTRICOS
Equipamentos consistem em trancas que usam elementos de composição corporal única como métrica de desbloqueio. Esses parâmetros podem ser definidos com base nas digitais, estrutura facial ou retina dos olhos. Há modelos que combinam duas ou mais formas de verificar a identidade, comparando face, digitais e senha.
ITENS MAIS COMUNS
Equipamentos simples ajudam a manter os bandidos longe. Entre eles estão simulador de latidos, um gadget que passa a sensação de ter alguém assistindo TV, e calços de porta com alarme potentes.
DRONE
Mais usado por grandes condomínios e shoppings. É um espião aéreo que tudo vê. É capaz de aproximar imagens a poucos centímetros, facilitando o monitoramento. As imagens são acompanhadas em tempo real por uma central de controle, evitando exposição de pessoas a riscos.
Fonte: http://odia.ig.com.br/