Seguro residencial: o que é, importância e o que cobre
O seguro residencial é um serviço específico para sinistros ocorridos nas unidades autônomas. Ele deve ser contratado porque o condomínio não tem responsabilidade sobre esses casos. Entenda o que considerar na contratação do seguro residencial e saiba quais coberturas escolher
Se você mora em condomínio, e acredita que está isento de contratar um seguro residencial, saiba que se engana. O que ocorre dentro da unidade autônoma não está protegido. Por isso, é importante se precaver.
Nesse momento, é necessário entender como esse serviço funciona. Ou seja, o que cobre, o que deve ser considerado e como ele funciona. Assim, você poderá acertar na escolha e selecionar aquele que é mais adequado às suas necessidades.
Por isso, criamos este conteúdo. Aqui, você verá as principais informações sobre o assunto e entenderá porque o condomínio não tem responsabilidade sobre os incidentes nos apartamentos.
O que é um seguro residencial?
O seguro residencial é um serviço de proteção a imóveis diante de situações imprevistas. Ele pode ser contratado tanto para casas quanto para apartamentos de uso habitual ou durante temporada. A partir de sua vigência, assegura o pagamento de uma indenização, caso algum incidente coberto pela apólice aconteça.
O valor do seguro para residências é definido de acordo com a estrutura física e os bens existentes no imóvel. Além disso, sofre interferência das coberturas contratadas. Ou seja, quanto mais amplo ele for, mais caro será.
De toda forma, é um serviço fundamental e que ainda é pouco falado no Brasil. Para se ter uma ideia, o Brasil tem aproximadamente 70 milhões de residências, mas somente 10 milhões têm o serviço contratado.
Qual a importância do seguro residencial? E por que ter um?
Apesar de muita gente acreditar que o seguro para imóveis é desnecessário, ter uma apólice na hora de um imprevisto é fundamental. Isso porque o objetivo desse serviço é proteger o seu patrimônio.
Portanto, tanto a estrutura física quanto opcionais podem ser incluídos na cobertura. Até objetos dentro da residência podem ser abrangidos pela apólice. Por exemplo: cadeiras, mesas, televisores, eletroeletrônicos etc.
Portanto, tudo depende das coberturas que você escolher. Em qualquer um dos casos, você tem direito a uma indenização em caso de sinistro. Além disso, você pode ter acesso a serviços emergenciais, como vamos explicar adiante.
Nesse momento, você pode pensar: mas e o seguro condominial? Na verdade, esse serviço protege somente a estrutura predial e as áreas comuns. Ou seja, as unidades autônomas ficam de fora da cobertura.
No seguro condominial existe a opção de contratar cobertura de conteúdo das unidades autônomas, mas o valor de indenização contratado costuma ser muito baixo e não é recomendado por especialistas que o síndico o contrate, visto que pode trazer mais problemas do que solução.
Em outras palavras, são serviços diferentes, com finalidades diversas. Por esse motivo, é necessário que o condomínio tenha o seu seguro e que cada apartamento ou casa também contrate a sua apólice individual. Dessa forma, sua proteção será máxima.
Neste vídeo, o especialista em seguros Sergio Zaveri traz mais esclarecimentos ao assunto. Assista:
- Você pode se interessar: O que a lei diz sobre seguros de condomínios?
O que considerar na hora de escolher o seguro residencial?
O propósito de ter um seguro para sua residência é ter tranquilidade. Afinal, você sabe que terá o suporte financeiro necessário, se algum acidente ocorrer e você perder parcial ou totalmente o seu imóvel. Por isso, o primeiro aspecto a considerar é em relação às suas necessidades.
Avalie as suas demandas e identifique quais coberturas são mais importantes para a sua realidade. Por exemplo, se a região em que mora está enfrentando aumento dos índices de criminalidade, é necessário ter uma apólice vigente para roubos e furtos. De toda forma, lembre-se de que o ideal é avaliar as necessidades de forma ampla.
A partir disso, entre em contato com corretoras de seguro ou seguradoras da sua confiança. Busque empresas que tenham:
- Credibilidade;
- Experiência;
- Atendimento rápido e de qualidade.
Aqui, é interessante conversar com outros segurados e pesquisar a reputação da empresa na internet. Faça vários orçamentos e, então, decida o melhor. Porém, nunca atente somente ao preço.
Apesar desse fator ser relevante, o foco sempre deve ser o custo-benefício. Assim, você evita problemas na hora de receber a sua indenização.
O que cobre o seguro residencial?
Existem várias possibilidades de cobertura para o seguro residencial. A lista pode ser alterada de acordo com a empresa e a sua escolha. Por isso, é importante conhecer as alternativas e analisar bem o contrato antes de assiná-lo. Ainda assim, as principais opções são:
- Incêndio, explosão e fumaça: é conhecido como a cobertura básica e tem contratação obrigatória. A cobertura vale para o sinistro que começa dentro ou até fora de sua casa, a depender da situação;
- Roubo ou furto de bens: ampara tanto a subtração de itens em caso de invasão quanto possíveis danos sofridos pelo imóvel durante o sinistro;
- Danos elétricos: abrange possíveis danos sofridos na rede elétrica residencial, aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos em caso de queda de raios, principalmente;
- Vendaval, ciclone, furacão, tornado e granizo: garante a cobertura à residência e aos bens que estiverem dentro dela nessas ocorrências naturais;
- Perda ou pagamento de aluguel: é uma cobertura menos conhecida e que garante que a seguradora pague um aluguel para você ficar de maneira provisória, caso o imóvel sofra um sinistro e seja necessário desocupá-lo. Se a propriedade estiver alugada, também há o pagamento de um valor relativo à locação;
- Responsabilidade civil familiar – danos a terceiros: ampara as situações em que um morador do imóvel ou seu animal de estimação causa algum dano a um vizinho. Por exemplo, é o caso de um vaso que cai do seu apartamento em cima de um veículo de um vizinho ou de um vazamento que gera infiltração no apartamento de baixo;
- Negócios em casa: é válido para quem tem uma empresa em casa ou é Microempreendedor Individual (MEI), ainda que não tenha atendimento ao público. Garante indenização a possíveis danos aos bens de escritório. Vale a pena confirmar as regras antes de assinar o contrato;
- Quebra de vidros: paga determinada quantia para a reposição de vidros danificados. A apólice vale para varanda, box de banheiro, cooktop, louças sanitárias, espelhos etc.;
- Vazamentos de tubulações: indeniza os danos ocasionados ao imóvel ou objetos dentro dele devido ao rompimento de tubulações ou encanamentos;
- Roubo ou furto de bicicleta: é uma proteção específica para a bicicleta e vale para situações em que ela foi danificada ou levada de dentro ou fora da residência. Também abrange o transporte em veículo, em situações de colisão.
O que contratar no seguro residencial?
O seguro residencial deve ser avaliado de acordo com as suas necessidades. Por isso, você sempre vai contratar a cobertura obrigatória. No entanto, analise outras demandas que você e sua família podem ter.
Além disso, verifique a possibilidade de ter acesso a serviços de assistência 24 horas. Ela costuma abranger:
- Chaveiro;
- Eletricista;
- Vidraceiro;
- Encanador, incluindo serviços hidráulicos;
- Limpeza de calhas e caixa d’água;
- Instalação de olho mágico;
- Retirada de entulho;
- Conserto de eletrodomésticos, como máquinas de lavar roupas e louças, fogão, micro-ondas e mais;
- Segurança e vigilância;
- Conserto do telhado.
Como o seguro residencial funciona?
Agora que você conheceu as coberturas mais comuns do seguro residencial, está na hora de saber como esse serviço funciona. Ele é personalizável. Ou seja, você contrata apenas as alternativas que desejar.
Além disso, ele vale para situações diferenciadas, como o coliving e imóveis de locação para temporada. Em qualquer caso, você faz a contratação básica e inclui aquelas outras que deseja. Ou seja, personalize sua apólice.
A partir das escolhas feitas, é definido o valor a pagar. Esse cálculo também considera o valor do imóvel e uma estimativa de custos dos itens que estão dentro dele.
O pagamento é anual, mas pode ser parcelado, na maioria das vezes. Além disso, é determinado um valor de franquia. Essa é uma quantia a ser paga em caso de sinistro para obter a indenização da seguradora.
Mais do que essas informações, é preciso saber que o seguro residencial também apresenta exclusões. Por isso, é necessário verificar o que está disposto em contrato. Normalmente, as principais são relativas a:
- Furtos sem vestígios de arrombamento;
- Falhas na construção;
- Defeitos preexistentes.
A indenização máxima é aquela definida na cobertura. Por exemplo, se a contratação é de R$150 mil para incêndio, esse será o limite de valor pago, ainda que o prejuízo seja maior.
Qual o valor médio de um seguro residencial?
O custo vai depender da seguradora e das coberturas contratadas. O preço varia bastante, inclusive de acordo com a cidade, o tipo do imóvel e os objetos que estão dentro dele.
Qual é o melhor seguro residencial?
Análise feita pela Proteste em 2020 classificou as seguradoras. Na avaliação, as notas foram:
- Bradesco Seguros: 70;
- Sompo: 61;
- Mapfre: 59;
- Allianz Seguros: 57;
- Porto Seguro: 56;
- Tokio Marine: 52;
- HDI Seguros: 52;
- Zurich Seguros: 51;
- Itaú Seguros: 47;
- SulAmérica: 46;
- Liberty: 44.
Vale a pena destacar que o mais importante é fazer simulações e atentar ao custo-benefício. Ou seja, é importante escolher a melhor seguradora com o preço mais baixo.
Ainda avalie se ela atende a todas as suas demandas e qual é a sua reputação. Para isso, faça uma boa pesquisa na internet. Assim, você evita problemas.
Portanto, o seguro residencial também é importante para apartamentos. Isso porque o condomínio não é responsável por possíveis problemas dentro das unidades autônomas. Ao ter esse cuidado, você evita muita dor de cabeça e garante mais tranquilidade para sua vida.
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