Condomínio financiado pela Caixa tem crateras e rachaduras gigantes
Conjunto habitacional em Novo Gama não tem água, esgoto e nem asfalto. Caixa diz que manutenção das casas é de responsabilidade dos donos.
O Bom Dia Brasil mostra a indignação de moradores de um conjunto habitacional, em Novo Gama, perto de Brasília. O condomínio, financiado por um programa da Caixa Econômica Federal, não tem água, esgoto, nem asfalto. E para piorar, paredes estão rachadas e verdadeiras crateras ameaçam as casas.
Aparência de cidade fantasma. Nada de asfalto ou rede de esgoto. Para ser chamado de condomínio o Residencial Santa Luzia precisa de melhorias. A cooperativa responsável pela venda dos imóveis não se manifesta sobre os problemas.
“Falaram que eles não tem mais nada a ver com isso. Já foram entregues as casas, quem quiser tomar de conta do jeito que tá que tome”, reclama a dona de casa Thaís Leite.
A falta de água tratada também incomoda os moradores. No local existe uma central de abastecimento, mas o projeto de água encanada nunca saiu do papel. Mas nada se compara às crateras que tomaram conta do terreno.
Duas casas estão praticamente condenadas pela erosão. Em outras, a situação é ainda mais grave: a Defesa Civil teve que interditar os imóveis e expediu uma ordem de despejo para os moradores.
Há várias casas com rachaduras. Dona Alana tem medo de as paredes desabarem: “A rachadura aqui por dentro que nós já mandamos arrumar também uma vez e novamente voltou a rachar”.
No local existe um escritório da construtora que administra o condomínio. Mas ninguém quis falar com a equipe do Bom Dia Brasil. Para os moradores sobra o sentimento de revolta.
“Agora é só buraco, não passa mais carro, carro de lixo não passa aqui, não passa nada”, garante a cabeleira Andrea Monteiro.
Apesar de tudo isso, a Caixa disse que as casas foram entregues há três anos, em condição de serem habitadas. E que a manutenção é de responsabilidade dos donos.
A cooperativa disse agora que está buscando dinheiro com o governo do estado para concluir as obras.
Fonte: http://g1.globo.com/
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