Moradores de condomínio em Itu estão há meses sem ligação elétrica
Desde agosto, 80 famílias moram no condomínio. Construtora informou que vai regularizar ligações na semana que vem.
A casa própria, um desejo de muita gente e difícil de ser realizado tornou-se um martírio para moradores de um condomínio de Itu (SP). Desde que se mudaram, enfrentam problemas com a energia elétrica.
As 80 famílias que moram no condomínio desde agosto estão preocupadas porque até agora os apartamentos estão sem energia elétrica. "Eles entregaram com a energia que estava ligada na época do canteiro de obras e à medida que as pessoas foram se mudando o consumo foi aumentando e as quedas de energia se tornaram constantes. Os moradores que tiveram que solicitar os relógios individuais, porém, na concessionária de energia eles informam que o condomínio não tem rede elétrica adequada que atenda todas as solicitações e especificações que são necessárias para fazer as ligações", conta a jornalista Mariane Belasco.
Na parte da frente, perto da área de lazer, a fiação de um dos postes está solta. Segundo os moradores, na semana passada, um curto circuito causou uma explosão no meio da noite. Por causa da oscilação de energia, o aposentado Paulo Roberto Rossi teme novos problemas.
"Teve gente que perdeu freezer, micro-ondas, secador de cabelo, fora a alimentação que está na geladeira. Agora a gente corre o risco de ficar sem água por causa da bomba".
A falta de energia causa vários transtornos para os moradores. Em uma das casas, a água do cano da área de serviço voltou pelo ralo. A cozinha ficou inundada e o chão cheio de terra. A moradora não sabe se o cano, mesmo sendo novo, está entupido ou se a bomba de esgoto não está funcionando.
As famílias disseram que entraram em contato com a construtora do condomínio, mas nenhum prazo para o conserto nas instalações elétricas foi dado. O caso agora está sendo levado à Justiça e um advogado foi contratado para representar os moradores. "Nós vamos entrar com uma ação de obrigação de fazer, com um pedido de liminar para que a Justiça obrigue a construtora a cumprir as suas obrigações", explica o advogado Sandro Sonsin.
Em nota, a CPFL Piratininga reforçou o que dizem os moradores: a execução do projeto elétrico apresentado pela construtora não atende as normas técnicas e de segurança exigidas pela empresa.
Sobre a energia que até as casas, vinda da rua, foram realizadas sem a autorização da CPFL e que a construtora já foi notificada a este respeito.
O departamento jurídico da construtora Iso informou, por e-mail, que mantém uma equipe no condomínio para atender os moradores e que está em negociação com a CPFL para regularizar as ligações a partir da próxima semana.
Fonte: http://g1.globo.com
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