Após ser agredido com uma marreta e humilhado por morador, zelador aguarda pagamento de indenização
Por medo, ele pediu demissão há um mês, mas não recebeu valor do aviso prévio
Após ser agredido com uma marreta e humilhado por um morador de um prédio do Guará, região administrativa do DF, o zelador Lúcio Cláudio Oliveira, aguarda o pagamento de indenização.
Desempregado há um mês, ele garante que se sentiu obrigado a pedir demissão porque estava com medo de o morador cometer novas agressões ou até matá-lo.
As câmeras de segurança do prédio flagraram o zelador sendo agredido pelo morador Gilsen Frossard, que tem uma longa ficha criminal, algumas vezes. Em uma das situações, o acusado intimidou o zelador e chegou a jogar o carro em cima dele.
O contrato era de experiência e o zelador teria que ficar pelo menos três meses no emprego, mas fez um acordo com a síndica e foi embora antes. Ele recebeu no dia 26 de novembro o valor de R$ 1.633,57, mas deveria receber mais R$ 800, referentes à indenização de aviso prévio.
— Até hoje o dinheiro não entrou na minha conta. O prazo que eles deram era de dez dias. Entrei em contato com o condomínio para cobrar alguma resposta, mas não consegui falar com ninguém.
O zelador mora em Samambaia, região administrativa do DF, com a mulher e a filha, que tem um ano e nove meses. Ele diz que com o dinheiro da rescisão contratual do trabalho, ele conseguiu pagar o aluguel, no valor de R$ 250 e as contas de água e luz, que juntas somam R$ 70, mas não sabe como será de agora em diante.
— Nós dois [ele e a mulher] estamos desempregados e não temos como arcar com as próximas despesas. Recebo ajuda de amigos, dos meus pais e da igreja, mas não será o suficiente.
A advogada trabalhista Francisca Aires de Lima Lete conta que o valor da indenização realmente deveria ter sido pago dez dias após a rescisão do contrato.
— É um prazo estipulado por lei. Ele está no direito e pode entrar na Justiça. Além disso, ele também pode ser indenizado pelas agressões sofridas enquanto trabalhava no prédio.
Enquanto o caso não é resolvido, o zelador espera que a justiça seja feita e torce por dias melhores.
Fonte: http://noticias.r7.com
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