Medo após prisão em prédio de Copacabana
Porteiro procurado por assassinato não passou por seleção
A um quarteirão da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, o Condomínio Solar Princesa Eugênia é um dos endereços mais caros do Rio. O prédio na Rua Domingos Ferreira tem monitoramento por câmeras, porteiro eletrônico e portão automático. Mesmo assim, cerca de 50 moradores conviveram por nove meses com um porteiro sem saber que ele era procurado por tráfico e assassinato: Alex Sandro Gomes Farias, o Orelha ou Sandro Paraibão, 34 anos, foi preso segunda-feira. O medo impera entre os moradores, que fizeram reunião de emergência para reformular os métodos de contratação de funcionários.
Segundo policiais da Divisão de Homicídios (DH), que prendeu o suspeito após denúncia, apontam que ele seria responsável por uma chacina em 2007 no Morro do Adeus, em Ramos, Zona Norte, então controlado por ele.
Orelha também seria um dos traficantes que participaram da da fuga cinematográfica da Vila Cruzeiro, durante a ocupação das Forças de Segurança, em novembro de 2010.
Com muito medo, os condôminos fizeram reunião emergencial na tarde de segunda-feira e decidiram não se pronunciar a respeito da prisão.
“Somos vítimas nesse caso”, limitou-se a dizer um morador.
Eles temem represálias de comparsas de Orelha, apontado pelo delegado William Pena Júnior, da DH, como importante figura na hierarquia do Comando Vermelho e chefe do Morro do Adeus, antes da pacificação.
Na reunião, os moradores decidiram aperfeiçoar o sistema de contratação de funcionários para o condomínio. Orelha foi contratado sem que fosse feita uma pesquisa completa sobre antecedentes criminais.
“Que perigo! Que absurdo! Ele almoçava aqui ao lado e convivia comigo e com minha família. Nessa rua temos muitas crianças e idosos”, disse um vizinho, que pediu para não ser identificado.
Fonte: http://odia.ig.com.br
Matérias recomendadas