Síndica assassinada
Suspeita é julgada em BH; barulho causou conflito
Mulher acusada de assassinar síndica do prédio onde morava é julgada em Belo Horizonte
Após discussão, ré deu facada no pescoço da vítima. Crime foi no dia 25 de dezembro de 2017
Uma mulher acusada de matar a síndica do prédio onde morava, na Região Oeste de Belo Horizonte, é julgada na manhã desta segunda-feira (15) no Fórum Lafayette. O julgamento começou por volta das 9h30.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Rayanne Maia Marques deu uma facada no pescoço de Ludmilla Rivas da Silva, que tinha 37 anos, depois de uma discussão.
Após reclamações por causa do barulho de brigas com os filhos, Ludmilla foi até a porta do apartamento da suspeita, onde foi golpeada. A síndica foi levada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas não resistiu.
Às 11h30, cinco testemunhas já haviam sido ouvidas - uma de acusação e quatro de defesa, inclusive o pai de Rayanne. A ré também foi interrogada e, logo depois, iniciaram-se os debates com o promotor Francisco Santiago.
O crime
O crime foi no dia 25 de dezembro de 2017, na Rua Júlio de Castilho, no bairro Parque São José. Testemunhas informaram que vizinhos apareceram em seguida para auxiliar a vítima, mas a agressora tentou fugiu, com o filho de aproximadamente 2 anos, à época, no colo. Ela estava com a faca do crime e ameaçou outros moradores.
Um dos vizinhos foi agredido com uma mordida no braço ao tentar impedir que ela fugisse. Eles conseguiram imobilizar a mulher até a chegada da Polícia Militar.
A agressora teria admitido ter golpeado a vizinha. As duas já haviam discutido pelo interfone. Rayanne afirmou que estava cozinhando e que a vítima no calor do desentendimento a empurrou e que, por reflexo, ela deu a facada.
A ré ainda admitiu que era usuária de drogas e que sofria muito preconceito dos outros moradores, não sendo sequer convidada para as reuniões de condomínio e que incomodava todos do prédio com tudo o que fazia.
A mulher está presa na Penitenciária Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, desde o dia do assassinato.
Ela foi denunciada por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A ré responde também pelo crime de ameaça cometido contra um outro vizinho.
O G1 não conseguiu falar com o advogado da ré.
Fonte: g1.globo.com