Desvio de R$ 700 mil
MG: Síndica profissional é acusada de aplicar golpe em condomínio
Moradores denunciam síndica por desvio de 700 mil do condomínio em Pix, entenda o golpe
Segundo o atual síndico, a mulher teria feito várias transferências das contas do condomínio para a conta pessoal dela
O atual síndico do condomínio Splêndido, no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte denuncia o desvio de cerca de R$ 700 mil dos fundos condominiais. Segundo Alam Batista, a antiga síndica contratada, Deborah Daniele de Freitas, desviou o valor fazendo transferências Pix das contas poupanças do prédio para as contas pessoais dela.
“Em um dia ela chegou a fazer uma transferência de R$ 47 mil para a conta dela”, conta Batista, que atualmente é quem ocupa a posição de síndico no local.
Ainda conforme o morador, as transferências aconteceram entre os meses de janeiro a agosto do ano passado e o dinheiro era retirado das contas poupanças dos fundos de reserva, de garagem e do condomínio.
“A gente descobriu o esquema por um prestador de serviço que a gente tinha feito. Ele informou que tinha uma parcela de R$ 20 mil em aberto. Ele questionou sobre o que estava acontecendo já que nunca havíamos atrasado. Foi então que acionamos o gestor do condomínio, que acionou o Conselho Fiscal e tivemos acesso às contas”, explica Batista.
Batista explica que o dinheiro da conta-corrente do condomínio também era desviado - o que prejudicou o pagamento de contas do prédio, como luz e conservação.
À Itatiaia, Deborah Freitas afirmou que não tem conhecimento das acusações nem do processo movido pelo condomínio contra ela. “E, se há processo judicial iremos manifestar no mesmo. Certamente, iremos acionar os órgãos judiciais em face dos supostos acusadores”, escreveu.
Como evitar cair em golpes?
O vice-presidente da Câmera do Mercado Imobiliário e o Sindicato de Habitação, Leonardo Mota, explica que esse tipo de situação é comum em vários condomínios. Por isso, ele aconselha que as gestões fortaleçam os mecanismos de controle e prevenção.
"É fundamental que o condomínio mantenha uma fiscalização ativa. O banco não pode negar acesso do síndico às contas e o conselho precisa estar atento ao dia a dia da gestão financeira”, afirma.
Para ele a contratação de ‘síndicos profissionais ou externos’ deve ser feita com muita cautela e, por isso, sempre deve ser acompanhada do histórico, referências e credibilidade do candidato.
“Muitos condomínios escolhem síndicos externos por critérios de preço, mas isso pode abrir margem para a contratação de pessoas que não são idôneas ou qualificadas para a função. É fundamental saber quem é essa pessoa, onde já trabalhou e se possui as qualificações necessárias para lidar com as complexidades da gestão condominial”, aponta.
Outra medida que Mota considera essencial é a contratação de uma empresa administradora para os condomínios. Elas servem para consolidar relatórios financeiros periódicos, que devem ser apresentados ao conselho fiscal e à assembleia de moradores.
Fonte: https://www.itatiaia.com.br/cidades/2025/01/02/moradores-denunciam-sindica-por-desvio-de-700-mil-do-condominio-em-pix-entenda-o-golpe