Síndico não é mais para amador
Ricardo Karpat relembra por que o mercado condominial exige cada vez mais preparo e qualificação desse profissional
Por Ricardo Karpat*
A atuação de síndico, que já há tempos demanda preparo e muito conhecimento em diferentes áreas de gestão, com a pandemia, tornou-se ainda mais evidente uma constatação: ela não é mais coisa para amador.
Há que se destacar que o desenvolvimento dessa função está diretamente ligado a três pontos de interesse geral do condomínio: segurança da família, comodidade e valorização do patrimônio, que ficam sob risco quando administrados por uma pessoa despreparada para a complexidade exigida nessa função.
O condomínio deve ser visto como uma empresa, onde a entrega da gestão se dá para quem tem preparo para executá-la.
Assim como acontece nas empresas, nas quais os currículos e experiências são avaliados antes da concretização de uma contratação, na administração condominial também é prudente e necessário fazer a seleção, de modo que se defina uma pessoa que, preferencialmente, tenha conhecimento em todas as áreas da sindicatura.
Dessa forma, há dois grandes pontos em que o síndico deve ter domínio. O primeiro ponto é a capacidade de controle sobre diversos prestadores de serviço essenciais ao condomínio. O segundo ponto é a capacidade de tomar decisões, algo que acontece o tempo todo no desempenho de suas funções. Com o amplo conhecimento nesses pontos, é possível realizar o trabalho de maneira profissional.
A necessidade de profissionalização também passa pelas mudanças que tivemos nos últimos anos e até pelo avanço da tecnologia, que trouxe um dinamismo enorme na atuação do síndico. É preciso estar bem preparado em todas as áreas para conseguir atender os condôminos na velocidade desejada.
Para isso, vale dizer, o uso da tecnologia em favor do trabalho de gestão condominial é fundamental. Nesse ponto, mais uma vez é preciso observar que a pandemia também causou impactos.
Muitos condomínios não puderam mais adiar e tiveram que realizar a inclusão tecnológica ou digital – tecnologia essa que teve avanços acelerados também por conta do momento epidemiológico. Sistemas de gestão digital foram aprimorados e isso trouxe benefícios na administração condominial.
Profissão de risco
Quem ocupa o cargo de síndico traz consigo os riscos inerentes à função. São riscos de várias áreas, cível, criminal e até ambiental, sem deixar de destacar o complexo trabalho de gestão de pessoas que a função envolve – principalmente agora, quando grande parte das pessoas está dentro de suas casas, em quarentena.
Tudo isso comprova não apenas que ser síndico não é mais para amador, como também tornar-se um profissional exige muito preparo e qualificação permanente. Aqui, vale uma ressalva: O bom preparo começa pela escolha dos cursos que realmente podem agregar.
Para tanto, é preciso buscar boas fontes de conteúdo, pesquisar e ser rigoroso nessa seleção. Isso faz toda a diferença.
Interessados em seguir essa profissão que cada dia mais é valorizada devem estudar, se capacitar e se atualizar. Devem ficar antenados em tudo o que acontece no mercado condominial. Quem age dessa forma, tem grandes chances de se tornar um profissional diferenciado.
(*) Ricardo Karpat é diretor da Gábor RH e referência nacional na formação de Síndicos Profissionais.