Equipamento vai retirar vapores do subsolo de condomínio em Campinas
Eles começam a ser instalados nesta terça, no Parque Primavera. Edifício foi construído em área com solo contaminado por gases tóxicos.
Uma empresa contratada pela Prefeitura de Campinas começa a instalar, nesta terça-feira (15), equipamentos para retirar vapores do subsolo no condomínio Parque Primavera, no bairro Mansões Santo Antonio, na zona Leste da cidade. Os problemas de contaminação foram descobertos em 2001, quando a Companhia de Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgou um laudo que mostrava uma grande quantidade de gases de compostos orgânicos no subsolo do prédio, alguns deles cancerígenos.
Os trabalhos de implantação e monitoramento do sistema terão o custo de R$ 813 mil, viabilizados por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (Tac) assinado por uma construtora com a administração municipal. Além da extração dos vapores, a empresa fará o tratamento do material. O contrato com a terceirizada vai até abril de 2015, mas a previsão é que o sistema entre em operação a partir de junho deste ano.
Gases
De acordo com o estudo iniciado em julho de 2013, os vapores de cloreto de vinila e benzeno são os mais preocupantes, mas ao todo são cerca de 35 produtos químicos detectados na área. Moradores correm risco de contrair câncer se forem expostos por mais de 50 anos. Das quatro torres construídas, apenas uma está habitada.
O caso
A área foi usada por cerca de 20 anos uma indústria química antes das obras do condomínio, cujo projeto previa a construção de quatro torres. Em 2002, a obra de um dos prédios chegou a ser embargada por causa da contaminação, mas foi ocupada em seguida. Os moradores de outras duas torres foram impedidos de ocupar os imóveis e o quarto edifício não chegou a ser construído.
Em 2011, a Justiça determinou que a Concima S.A. Construções Civis, responsável pela construção dos prédios, fizesse uma obra que permitiria a retirada dos gases, mas o departamento jurídico da construtora afirmou que todos os recursos possíveis para a solução do problema já estavam esgotados. Em outubro, a Prefeitura de Campinas e o Ministério Público (MP) recomendaram que os moradores que deixassem os imóveis, o que não foi aceito pelas pessoas que moram no local. A torre 'A' chegou a ser interditada, mas os moradores conseguiram reverter a decisão do MP.
Fonte: http://g1.globo.com/
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