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Taxa alta

Compradores em Salvador rejeitam unidades com condomínio caro

segunda-feira, 25 de novembro de 2013
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 Condomínio é um peso no orçamento

A corretora de imóvel Rita Laranjeira tem pelo menos 10 apartamentos empacados em diversas partes da cidade por conta da alta taxa de condomínio cobrada para a manutenção dos edifícios onde estão instalados. E quem pensa que esta é uma realidade presente só nos bairros classe A e B da cidade se engana. Pituba e Brotas também estão entre os locais onde a taxa cobrada muitas vezes excede o orçamento doméstico, obrigando alguns proprietários a vender o imóvel. Mas é aí que surge outro problema: o de encontrar um comprador que além do pagamento das parcelas, consiga ficar em dias com a cobrança condominial.
 
O valor cobrado pelo condomínio, segundo a corretora, é a segunda pergunta feita por todo interessado em comprar um imóvel, questionamento que surge antes mesmo do pedido de informações específicas do empreendimento, como tamanho e localização exata.
 
“Com qualquer comprador é assim. Primeiro ele pergunta o valor do imóvel e depois o preço do condomínio. Isso porque as pessoas já querem calcular qual o valor fixo que vão gastar por mês só na moradia”, explica. Segundo ela, nos casos de imóveis a venda em que a taxa cobrada é de média a alta, a dificuldade de repasse é muito grande.
 
Em busca de um apartamento para comprar, o contador Ricardo Santos Reis sempre simula o valor cobrado pelo condomínio do imóvel com o preço das prestações mensais do financiamento. “Estou prestes a morar com minha noiva e ainda estamos colocando na ponta do lápis o orçamento disponível para gastos fixos. Já achei apartamentos ótimos, mas que tiveram de ficar para trás porque o preço do condomínio era quase o mesmo do que o da prestação do apartamento, era como se eu pagasse um aluguel”, contou.
 
No caso de quem vive de aluguel, o condomínio salga ainda mais o orçamento familiar. É o que acontece com a enfermeira Jozicleide Ferreira, moradora de um edifício na Pituba. Segundo ela, o aluguel unido ao condomínio de R$ 560, é responsável por abocanhar quase 15% da renda da família. “É uma carga que considero muito alta, mesmo o prédio oferecendo algumas opções de lazer como piscina e quadra”, opinou.
 
Se o condomínio é considerado alto pela enfermeira que tem à disposição opções de lazer para os filhos, o que dizer de um apartamento na Federação de apenas 2 quartos e taxa condominial de R$ 500 sem oferecer qualquer tipo de estrutura de lazer? Ou um na Pituba em que o valor cobrado com taxa extra chega a R$ 1.200 apresentando apenas uma quadra pequena e um parquinho infantil?
Segundo Rita, isto ocorre com frequência em toda a cidade e, ao ver da profissional, não tem justificativa.
 
“Geralmente são imóveis antigos, que ainda têm água e gás sem individualizar, mas ainda assim são motivos suficientes para justificar a cobrança muito alta”, explicou. Outro motivo apontado por corretores é a má administração de síndicos, em relação às despesas do condomínio. “Isso é muito comum e tem  aumentado a procura por empresas terceirizadas de administração condominial”, acrescentou Rita.

Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/

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