Você sabe o que compõe o valor final do seu condomínio?
Gastos com funcionários, manutenção predial e contratos de serviços estão entre os itens mais dispendiosos. Um bom síndico controla os custos e a inadimplência. Ao condômino cabe fiscalizar
Todo início de mês, quem mora em condomínio tem uma despesa a mais para quitar. O valor, muitas vezes salgado, faz parte dos gastos mensais de quem opta por morar em apartamento ou em residenciais. Essa conta é taxa de condomínio, um valor pago pelos condôminos para arcar com o funcionamento e a manutenção da estrutura predial.
A taxa do condomínio é calculada a partir de uma projeção de despesas. Nessa projeção são avaliados todos os custos necessários para atender satisfatoriamente e garantir o conforto dos condôminos.
Só com os gastos na ponta do lápis será possível saber quanto cada proprietário ou locatário deverá contribuir, essa participação, no custeio das despesas, chama-se rateio.
“Quem determina o valor do condomínio são os condôminos. Eles irão dizer o que querem. A partir disso, é feita uma projeção das despesas e, diante da projeção, cria-se o rateio, que é o valor que cada condômino irá pagar”, explica Raimundo Maia, vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis do Ceará (Secovi/CE).
De acordo com o representante do Sindicato, vários fatores podem contribuir para elevar os custos do condomínio e, consequentemente, torná-lo mais caro. Um deles é o tamanho do prédio. Edifícios com poucos apartamentos ou com apenas uma unidade habitacional por andar tendem a ter uma taxa de condomínio mais elevada. Os motivos para isso são os altos custos de manutenção e o número reduzido de imóveis.Como são poucos condôminos, quando é feito o rateio, o condomínio acaba ficando caro.
Segundo Maia, “um condomínio com 45 apartamentos é ideal. É um número palpável e favorável para administrar, pois sai relativamente barato”, revela.
Outro custo, que encarece a contribuição condominial, é a terceirização da administração. Esses casos acontecem em condomínios onde não há proprietários ou locatários dispostos a assumir a função de síndico. Nessas situações, os moradores preferem a contratação de uma empresa especializada, que irá gerir as contas do condomínio.
A opção, de acordo com o Secovi, torna o condomínio entre 20% a 25% mais dispendioso. “Se os condôminos administram o condomínio, sai mais barato. O que é bom, hoje, é não terceirizar. Em compensação, a responsabilidade é maior”, explica Raimundo Maia. Conforme dados do Secovi, mais de 20% dos condomínios de Fortaleza contam com uma administração terceirizada.
Várias despesas prediais influenciam no cálculo da taxa de condomínio. A folha de pagamento dos funcionários é o item mais oneroso. Para evitar constantes aumentos, os moradores devem buscar atividades que gerem novas fontes de receitas.
O que diz a lei:
O Código Civil estabelece, como competência do síndico, a prestação anual das contas do condomínio. As receitas e despesas também podem ser exigidas pelos condôminos.
Para fiscalizar a atividade do síndico, o Código Civil previu que poderá haver um conselho fiscal, composto por três membros, que serão eleitos em assembleia, para ocupar o cargo de conselheiro durante dois anos. Ao conselho caberá a aprovação das contas apresentadas pelo síndico.
Fonte: http://www.opovo.com.br/
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