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Tipos de lixo: como fazer uma campanha de recicláveis no prédio

Administre um condomínio sustentável! Saiba quais são os tipos de lixo, como descartá-los corretamente e compartilhe as boas práticas com os moradores

19/07/22 05:22 - Atualizado há 1 ano
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quatro lixeiras coloridas, ilustrando tipos diferente de lixo reciclável e não reciclável

Classificar e separar o lixo é uma forma de ajudar o meio ambiente, otimizando também processos como reciclagem e compostagem.

Ou seja, fazer essa separação não é um ato de bondade. É como uma obrigação de todos para com o meio ambiente, com a sociedade atual e a futura.

Para te ajudar a educar e conscientizar os condôminos, separamos quais são os tipos de lixo e como fazer a coleta seletiva no prédio. Boa leitura!

Quais são os tipos de lixo?

Existem 9 tipos de resíduos que são separados pela sua composição física. São eles:

1. Lixo orgânico

Composto por resíduos orgânicos, esse tipo de lixo é gerado nas casas e em comércios que lidam com alimentação. Ou seja, nesse lixo vão: resto de comida, casca de frutas e verduras, casca de ovos e outros.

Assim, esse tipo de lixo deve ser separado dos outros, pois seu destino são os aterros sanitários ou programas de compostagem.

2. Lixo reciclável

O lixo reciclável é aquele composto por materiais que podem ser transformados em matéria-prima para outros materiais. Como, por exemplo, alumínio, garrafas PET, papel, jornais, embalagem de plástico, papelão, vidro e outros.

Dessa forma, esse tipo de lixo deve ser separado e destinado para a coleta seletiva, pois, ao chegar nas cooperativas de reciclagem, será transformado em outros materiais.

Vale lembrar que o lixo reciclável, além de ser uma alternativa para ajudar o meio ambiente — o plástico, por exemplo, demora cerca de 450 anos para se decompor — é também uma forma de gerar emprego e renda para muitos brasileiros.

Mas, para a reciclagem acontecer, é preciso instaurar um processo de coleta seletiva no condomínio.

3. Lixo industrial

O lixo industrial é gerado a partir do processo de produção das indústrias, como: retalhos de metal, pedaços de tecidos, vidros e outros.

Ou seja, esse tipo de lixo é o que sobra da matéria-prima das empresas e eles podem ser reutilizados pelas mesmas indústrias ou serem destinados à coleta seletiva.

4. Lixo hospitalar

Composto por itens utilizados em hospitais e clínicas, o lixo hospitalar deve ser separado e classificado, pois ele é perigoso e pode contaminar quem tem contato com ele. Dessa forma, existem padrões de segurança para descartar esse tipo de lixo e todo cuidado é pouco.

Ou seja, nesse lixo é possível encontrar: seringas, luvas, agulhas, material cirúrgico, medicamentos e outros.

O destino desses itens é a incineração, pois, assim, não há possibilidade de contaminação na decomposição do material.

5. Lixo comercial

Esse tipo de lixo é composto por papelão, embalagens de plástico e papel que protege os itens que as lojas vão vender. Por exemplo, é a embalagem da geladeira, fogão, brinquedo e outros.

Como esse tipo de lixo pode ser reciclado, seu descarte deve ser feito corretamente pela coleta seletiva.

6. Lixo verde

O lixo verde é aquele composto por galhos, troncos, raízes de árvores e até as folhas que as varredeiras tiram da rua. Ou seja, esse lixo é composto por material orgânico que deve ser destinado à compostagem ou empresas de produção de adubo.

Entretanto, por falta de políticas públicas, boa parte do lixo verde vai para os aterros sanitários.

7. Lixo eletrônico

Nesse lixo se enquadra todo e qualquer tipo de produto eletrônico que for descartado, como: celulares, computadores, geladeiras, micro-ondas, televisão e assim por diante.

Como esses itens são feitos de materiais que contaminam o meio ambiente se forem mal descartados, o ideal é procurar os ecopontos da sua cidade ou projetos de ONGs que ajudem a transformar esses itens em matéria-prima para outros.

Lembrando que esse tipo de lixo não pode ser descartado no lixo normal de uma residência, por exemplo.

8. Lixo nuclear

Normalmente gerado pelas usinas nucleares, esse tipo de lixo é muito perigoso pelo fato de conter elementos radioativos que fazem mal à saúde.

Dessa forma, existem padrões de segurança para eles serem descartados e, assim, não contaminar o solo, rios ou nascentes.

Vale lembrar que os laboratórios clínicos que possuem o exame de raio-x também produzem esse tipo de lixo. Por isso, quando se vai fazer esse exame, é preciso usar equipamentos para proteger o corpo.

Além disso, o descarte do lixo nuclear é um dos maiores problemas ambientais da atualidade.

9. Lixo espacial

Conhecidos como detritos espaciais, esse tipo de lixo é composto por objetos que não têm mais utilidade e estão na órbita da Terra. Ou seja, eles ficam sobrevoando o planeta.

Formados por pedaços de satélites, restos de foguetes, combustíveis, ferramentas de astronautas e outros, esse lixo não tem descarte e vai ficar orbitando no planeta para sempre.

Como fazer uma campanha de recicláveis no condomínio?

Uma forma de criar e implantar uma campanha de recicláveis no condomínio é adotando a coleta seletiva. Esse processo é simples e fácil, o desafio é educar os moradores!

Nesse sentido, é preciso organizar a campanha, consultar os dias da semana que a coleta seletiva passa, separar e classificar de forma correta o lixo, preparar um local de descarte no condomínio e, claro, contar com a colaboração dos condôminos.

Como funciona a coleta seletiva?

A coleta seletiva é o processo de separação do lixo. Pois fazendo essa distinção de acordo com a composição e tipo do lixo, fica mais fácil encaminhar os resíduos que vão para os aterros, os que vão para a reciclagem, os que serão incinerados e outros.

Ou seja, como o nome diz, a coleta seletiva é de acordo com o tipo de lixo. Assim, se o seu condomínio descarta os resíduos de forma correta, menos lixo será jogado na natureza, mais lixo reciclável será reciclado e os aterros sanitários levarão menos tempo para decompor seus componentes. Tudo está separado e será levado para o seu destino ideal.

Como fazer coleta seletiva nos condomínios?

Como dito, a coleta seletiva consiste na separação do lixo. Dessa forma, é preciso elaborar um plano de ações, colocar as lixeiras coloridas no condomínio, conscientizar os moradores e descartar esse lixo corretamente.

Abaixo, separamos um passo a passo para te ajudar.

1. Crie um plano de ação

Para começar o projeto de coleta seletiva no condomínio, é preciso estudar algumas questões como: o perfil dos moradores, como funciona a coleta seletiva na cidade, quanto lixo em média é produzido pelo condomínio e quanto de investimento vai ser necessário.

Com essas informações, fica mais fácil descobrir como conscientizar os moradores, os dias de entregar o lixo e também como apresentar esse projeto na assembleia e conseguir fundos para viabilizá-lo.

Além disso, já é importante definir quem serão os responsáveis pela manutenção e recorrência do projeto.

2. Conscientize os moradores da importância de separar o lixo

Acima, falamos sobre o perfil dos moradores do condomínio, pois, com esse estudo, é possível criar planos de ações assertivos.

Assim, se o condomínio tiver um perfil mais jovem, faça vídeos, jogos interativos e coloque um QR-Code nas lixeiras — para caso o morador se esqueça qual lixo vai em qual lixeira, por exemplo.

Agora, se for um perfil mais antigo, aposte em reuniões de condomínios, palestras, panfletos e descrições completas nas lixeiras. Isso fará com que os moradores se engajem e levem o projeto a sério.

3. Ensine todos a usarem as lixeiras de descarte

Para fazer a coleta seletiva, é importante que os moradores separem os lixos na sua casa e os depositem nas lixeiras corretas disponíveis pelo condomínio.

Dessa forma, todos devem aprender a usar as lixeiras, do morador ao visitante e também ao colaborador.

E, como as lixeiras são dividas por cores, fica até mais fácil e visual ensinar como usá-las. Assim, as cores que devem ser utilizadas são:

  • Azul: para papel e papelão;
  • Verde: para vidros;
  • Vermelho: para plásticos;
  • Amarelo: para metais;
  • Marrom: para resíduos orgânicos;
  • Preto: para resíduos de madeira;
  • Cinza: para materiais não reciclados;
  • Branco: para lixos hospitalares;
  • Laranja: para resíduos perigosos, como pilhas, baterias, termômetros e eletrodomésticos, por exemplo;
  • Roxo: para resíduos radioativos.

Vale lembrar que o ideal é oferecer todas essas cores acima, mas se o investimento for baixo e os moradores estiverem com muitas dúvidas e descartando o lixo de forma incorreta, priorize as principais cores, que são a vermelha, verde, azul, amarela, marrom e cinza.

No vídeo abaixo, veja as dicas de Alexandre Furlan, do Instituto Muda, sobre como tirar o projeto de coleta seletiva do papel:

Além disso, é importante colocar avisos perto das lixeiras, no mural do condomínio, no aplicativo e no grupo do WhatsApp do que não pode ser reciclado e o que pode, ensinando como fazer o descarte correto. Para o material reciclado, é bom passar uma água para tirar os resíduos orgânicos, por exemplo, e evitar insetos nas lixeiras.

4. Defina em qual lugar colocar as lixeiras no condomínio

Outro passo importante de implantar a coleta seletiva no condomínio é definir o espaço ideal para as lixeiras. Não são todos os lugares que podem armazenar esses lixos.

Dessa forma, escolha um local coberto para evitar chuva e sol forte. É importante que o local seja arejado e limpo, pelo menos uma vez no dia, para não atrair mosquitos e animais peçonhentos.

Também não deve ser um local que bloqueie alguma passagem ou o trânsito de pessoas.

Levando isso em consideração, decida quantas lixeiras o condomínio vai precisar e agilize a implantação das mesmas.

5. Procure por empresas que façam a coleta

Como falamos acima, as prefeituras costumam ter o processo de coleta seletiva. Mas eles não costumam ser completos e acabam por recolher apenas o lixo orgânico e reciclável.

Desse modo, é importante procurar empresas ou ONGs que fazem a coleta dos outros materiais. Procure na internet ou peça indicação.

Como funciona a compostagem em condomínio?

A compostagem é uma forma de descarte do lixo orgânico que pode ser transformado em adubo depois de um tempo.

Ou seja, construir um local de compostagem no condomínio é uma maneira de fazer a própria reciclagem de lixo orgânico dentro do prédio. O que pode ser uma excelente ideia.

Assim, os moradores podem descartar seus resíduos orgânicos na compostagem, que, com os devidos tratamentos, se transformam em adubo de alta qualidade (já que não têm produtos químicos) e podem ser usados nos jardins do condomínio, pelos próprios moradores em seus vasos de plantas ou até comercializados.

Entretanto, criar esse projeto requer estudo e a contratação de uma empresa especializada para criar a usina de compostagem e manter o processo.

Portanto, agora que você sabe quais são os tipos de lixo e como tornar seu condomínio mais sustentável, clique aqui e veja mais orientações sobre como e onde deixar o lixo do condomínio.

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