Tiros de airsoft
SP: Ataques vindos de prédio vizinho assustam moradores
[26/01/2021] Polícia cumpre mandado de busca e apreensão no apartamento de comerciante acusado de atirar em janelas de prédio em SP
O coreano Jin Ho Chang é acusado pelos vizinhos de disparar tiros de airsoft na janela de apartamentos com animais em um edifício de alto padrão da Vila Andrade, na Zona Sul da capital paulista. No apartamento dele, os investigadores encontraram um estilingue e material de metal semelhante ao encontrado na casa das vítimas dos disparos
A Polícia Civil de São Paulo cumpriu nesta quinta-feira (21) um mandado de busca e apreensão no apartamento do comerciante coreano Jin Ho Chang, acusado de acertar tiros de airsoft nas janelas de um edifício de alto padrão na Zona Sul de São Paulo.
Os investigadores do 89°DP, que apura o caso, encontraram na casa do comerciante um estilingue e material de metal semelhante ao encontrado na casa de vizinhos que foram vítimas dos disparos.
Segundo a Polícia Civil, a investigação está sob sigilo, para não interferir no trabalho policial em andamento.
Denúncia dos vizinhos
Jin Ho Chang coleciona multas e advertências do prédio por destratar funcionários da portaria, arremessar objetos da sacada e ameaçar a integridade física dos vizinhos, segundo reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (17) (veja vídeo acima).
De acordo com a denúncia dos moradores, Chang utiliza balas de metal para atirar no prédio da frente e tem como principais alvos, os moradores que têm cachorros.
"Eu estou me sentindo um presidiário, pra ser sincero. Eu uso metade do meu apartamento. Eu não uso mais a sala, minhas cortinas ficam fechadas vinte e quatro horas", revela um dos moradores atingidos pelos disparos.
A dona de outro apartamento preferiu não dar entrevista porque a sacada dela foi uma das mais atingidas, com dezenove marcas de tiro no total. Temendo pela integridade dos cachorros dela, a mulher doou os dois animais para uma amiga.
Segundo os moradores do edifício, há pelo menos onze boletins de ocorrência contra Jin Ho Chang por intimidação dos vizinhos, que querem a saída dele do edifício. O condomínio onde ele vive já recolheu mais de 100 assinaturas de vizinhos que querem a expulsão do comerciante no prédio.
A defesa do comerciante disse que ele estava sofrendo com ataques nervosos por causa da perturbação causada pelos cachorros e que ele reclamou na administração do condomínio, que não tomou nenhuma providência.
[18/01/2021] Moradores do Morumbi são surpreendidos por vizinho usando ‘tiros de airsoft’ para acertar cachorros
De acordo com o síndico, situação acontece há pelo menos um ano e meio; condômino também teria causado transtornos no próprio prédio
Os moradores de um condomínio na região do Morumbi, na zona sul de São Paulo, estão preocupados e com medo de um episódio que tem acontecido de forma frequente há, pelo menos, um ano e meio.
Um condômino de outro prédio, próximo ao local, tem atirado com balas de airsoft de metal nas janelas do prédio vizinho na tentativa de atingir animais de estimação.
O apartamento da gerente de conteúdo Juliana Muncinelli foi atingido na terça-feira, 13. De acordo com ela, outros moradores relataram que os casos já resultaram em cerca de quatro boletins de ocorrência e pelo menos um processo judicial.
Pelas redes sociais, ela relatou o ocorrido. “Já tentaram fazer de tudo: filmar, expulsar, processar. Enfim, dizem que tem uma briga homérica do nosso prédio com o prédio da frente e ele já quebrou vários vidros das sacadas daqui”, publicou.
O síndico do prédio, José Eduardo Saliva, que está no comando do condomínio há um ano e meio, disse que as reclamações acontecem desde a gestão anterior.
Na época, o síndico antigo colocou uma câmera focalizando o prédio para flagrar o ocorrido. De acordo com ele, o atirador é um homem coreano que trabalha durante a noite e não tem um bom relacionamento com os próprios vizinhos. “Já teve bastante discussão com o morador do lado, já chamaram polícia, teve bate-boca, ele atirava batata nos outros.”
Segundo informações, os moradores do prédio tentaram qualificar as atitudes no artigo 1.337 do Código Civil, que prevê uma conduta antissocial do condômino e pode resultar em multas e expulsão. “Mas ele recorre e não paga as multas’, alega Saliva.Procurado, o síndico do outro condomínio não respondeu à reportagem.
O artigo 1.337 do Código Civil prevê que “o condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem.” Se reincidente, esse valor pode chegar a dez vezes o valor do condomínio.
“Se esse condômino tem histórico de comportamentos inadequados em ambientes que se preza pelo respeito e tolerância, a praticada pode ser caracterizada como conduta antissocial. Para enquadrar isso, é preciso que uma assembleia seja convocada para avaliar a conduta do morador. Se aprovada por 3/4 dos condôminos, as penas passam a valer”, avalia o advogado Luiz Fernando Salles, da Salles Giannellini Advogados.
Fonte: https://jovempan.com.br/ e https://g1.globo.com