Tiros em condomínio
Morador entrou em surto; janela do 3º andar foi atingida
PM que surtou e atirou em condomínio no ES faz tratamento psiquiátrico há 1 ano
Cabo continua internado no hospital da Polícia Militar, escoltado por policiais. Ele foi autuado por disparo de arma de fogo e depois irá para um presídio militar.
O cabo da Polícia Militar Luiz Ernesto de Sousa, de 44 anos, que surtou e atirou em um condomínio na Praia da Costa, em Vila Velha, na noite deste domingo (28), faz tratamento psiquiátrico há cerca de um ano. A informação é de colegas do policial, que permanece internado.
Ele foi autuado por disparo de arma de fogo. A Corregedoria da Polícia Militar informou que vai instaurar procedimento administrativo para apurar a conduta do cabo.
A situação começou por volta das 22h de domingo, quando o cabo Luiz Ernesto de Sousa entrou no condomínio atirando e depois se trancou dentro do próprio apartamento, onde foram ouvidos mais disparos. Segundo o síndico e colegas militares, ele estava em surto.
A PM foi acionada e vizinhos precisaram ficar trancados dentro dos imóveis até a manhã desta segunda-feira (29), por recomendação de segurança.
Policiais contaram que bateram na porta do cabo várias vezes, mas ele não respondia. Eles não invadiram o apartamento. Um coronel amigo do cabo foi até o prédio e conseguiu conversar com ele. Logo depois, a ambulância dos bombeiros chegou e o militar foi levado.
Segundo colegas, o cabo faz tratamento psiquiátrico desde o fim do casamento, há cerca de um ano.
Perícia
Os peritos da Polícia Civil chegaram ao prédio no início da tarde. Primeiro foram para a garagem, onde o PM atirou várias vezes pra cima.
Os peritos fotografaram tudo e usaram um laser, para identificar a trajetória dos tiros. Um dos disparos atingiu uma janela do terceiro andar. Os policiais também foram a esse apartamento, para fazer a perícia na janela atingida.
A moradora do apartamento falou, por telefone, como tudo aconteceu. "Eu tava na minha cama, arrumando as coisas para dormir, e escutei um estouro. Os vidros caíram todos no chão do meu lado e eu saí correndo do quarto", contou, sem se identificar.
Além da perícia realizada durante a tarde, a polícia também pediu as imagens das câmeras de segurança. Foram quase 12 horas de agonia para os moradores do prédio.
"Ninguém no prédio dormiu. Eu passei quase o tempo todo trancada dentro do banheiro com as minhas filhas, todo mundo foi para o cômodo mais seguro de suas casas", contou a vizinha.
Internado
O cabo está internado no Hospital da Polícia Militar, sob escola policial. Ele foi autuado por disparo de arma de fogo.
Assim que receber alta do hospital, será encaminhado para o presídio militar, onde vai passar por uma audiência de custódia. A arma do PM já foi apreendida e encaminhada para a perícia.
Fonte: g1.globo.com