Tráfico de drogas no RS
20 pessoas são presas em condomínio do Minha Casa, Minha Vida
Vinte pessoas são presas por tráfico de drogas em condomínio do Minha Casa, Minha Vida em Santo Antônio da Patrulha
Investigação da polícia indica que o grupo alugou e comprou apartamentos no local, onde a droga era armazenada e distribuída. Prisões ocorreram em Santo Antônio da Patrulha, Canoas, Charqueadas e Osório.
Uma operação policial resultou na prisão de 20 pessoas suspeitas de comandar um esquema de tráfico de drogas a partir de um condomínio do Minha Casa, Minha Vida em Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Treze pessoas foram presas preventivamente e sete em flagrante por posse ilegal de arma de fogo ou drogas. Ao todo, foram expedidos 17 mandados de prisão preventiva – 11 em Santo Antônio da Patrulha, um em Canoas e cinco em penitenciárias de Charqueadas e Osório.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão em Santo Antônio da Patrulha, Canoas, Nova Santa Rita, Charqueadas e Osório. Além disso, o Ministério Público (MP) pediu o bloqueio judicial de 10 apartamentos no condomínio.
De acordo com o MP, além de armazenar drogas em apartamentos próprios e alugados, o grupo também obrigava moradores a guardarem os entorpecentes. Há casos de pessoas que tiveram de, sob ameaças, abandonar seus apartamentos.
"Essa associação criminosa que tinha se alojado nesse condomínio estava extremamente organizada e estruturada para comandar dali, daquele condomínio popular, o tráfico de drogas da região", disse o promotor Camilo Vargas Santana.
Investigação
A investigação policial apontou que a organização criminosa, comandada por dois irmãos que cumprem penas na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas, trazia drogas de outra cidade, provavelmente de Canoas, e guardava em residências próximas e em apartamentos dentro do condomínio.
O grupo adquiriu ou alugou cerca de 20 apartamentos no residencial em Santo Antônio da Patrulha, que eram utilizados para moradia, separação e armazenamento de drogas. A venda dos entorpecentes ocorria em frente ao condomínio, à luz do dia, e os moradores que não colaborassem com essa prática eram obrigados a deixar o local.
Além disso, perpetuava a "lei do silêncio", pois os moradores não se sentiam seguros em denunciar os envolvidos com o tráfico de drogas no local, por medo de represálias.
A Caixa Econômica Federal, responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida, disse, a respeito da operação policial, que "não cabe manifestação da Caixa por se tratar de questão de segurança pública".
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