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Ambiente

Tratamento de esgoto

Cidade com alto IDH em MG sofre com demanda de muitos condomínios

sexta-feira, 11 de outubro de 2013
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 Tratamento de esgoto dos condomínios está no limite

Estação que cuida de bairros luxuosos da cidade só tem capacidade para mais 3.000 moradores
 
Nova Lima, na região metropolitana da capital, é a cidade mineira com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, com indicador de 0,813. É também um dos municípios com maior aumento populacional dos últimos anos da região, 21% em cinco anos – Belo Horizonte cresceu 2%. Mas todo esse desenvolvimento tem um preço, principalmente se não houver infraestrutura para receber os novos moradores. É o caso da coleta e tratamento de esgoto. No caso dos bairros mais luxuosos, onde se concentram os condomínios e onde houve o maior crescimento, a estação de tratamento já está no limite.
 
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, a única Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade – construída em 2011 – atende o Vale do Sereno, Vila da Serra, Jardim Canadá e Vale dos Cristais. Ela só tem, ainda conforme o MPMG, capacidade para atender mais 3.000 moradores. Considerando a média de crescimento demográfico anual da cidade, de 3,5%, o limite já seria atingido no próximo ano.
 
“Em abril, fizemos uma reunião com a Copasa (responsável por atender os bairros), justamente para discutir o problema e propor outro Termo de Ajustamento de Conduta, mas a empresa não aceitou”, afirmou a promotora de Meio Ambiente Andressa Lanchotti. Ainda segundo ela, a Copasa sinalizou que deve transferir os resíduos excedentes, quando a ETE atingir o limite, para a bacia do rio Arrudas.
 
A assessoria de imprensa da Copasa foi procurada para falar sobre o assunto, mas, até o fechamento desta edição, não havia enviado uma resposta.
 
Município. No resto da cidade, a coleta e o tratamento do esgoto são de responsabilidade da prefeitura. São cerca de 60 mil dos 90 mil habitantes da cidade que dependem da administração municipal para ter acesso ao serviço.
 
 
O problema é que a prefeitura não tem nenhuma estrutura para fazer o tratamento dos resíduos das áreas sob sua responsabilidade.
 
“O que fizemos foi começar a cobrar, a partir de 2007, que todos os empreendimentos apresentem soluções técnicas para serem liberados. Nos casos dos condomínios, cada proprietário teve que construir sua fossa séptica. No caso dos prédios, tiveram que fazer estações próprias”, explica o secretário de Obras e Regulação Urbana de Nova Lima, Flávio Menicucci.
 
Mas o secretário não consegue estimar quantas dessas 60 mil pessoas passaram a morar na cidade a partir de 2007, e, assim, não há um controle efetivo sobre o número de moradores que ainda despejam esgoto nos rios e córregos.
 
A Prefeitura de Nova Lima alega que já conseguiu um financiamento de R$ 30 milhões da União para a construção de duas estações de tratamento. Mas elas só vão ficar prontas em 2015.

Fonte: http://www.otempo.com.br/

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