Prédio do Fórum Cível de Curitiba sofre tremor e é interditado
Dimitri do Valle
Um abalo sentido na tarde de terça-feira (24) em um dos andares do prédio do Fórum Cível de Curitiba terminou com a interdição de todo o edifício e a interrupção das atividades no local entre hoje (25) e sexta-feira (27). De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Paraná, de onde veio a ordem para interditar o prédio de 12 andares, a medida foi tomada "por precaução".
Uma equipe de engenheiros contratada pelo TJ irá investigar as causas do abalo.
"A suspensão das atividades é uma precaução e visa garantir a segurança das cerca de 5,5 mil pessoas que trabalham e passam diariamente pelo prédio", informou o TJ em nota oficial.
Os prazos processuais e as audiências foram suspensos enquanto durar a interdição. O TJ informou ter sido a primeira vez que uma ocorrência de tremor foi registrada no prédio, erguido em 1978. Um laudo atestando a segurança do local foi feito no ano passado pelo Departamento de Engenheria do TJ, de acordo com a assessoria do Tribunal.
Apesar dos avisos, muita gente só ficou sabendo da interrupção das atividades quando viu o aviso colocado na porta do acesso principal do Fórum Cível.
O analista de sistemas Edson Seo, 51, disse que soube da notícia do fechamento do prédio, mas não acreditou que tudo estivesses fechado. "Ouvi o comentário, mas eu vim ver pra crer. Agora, paciência", afirmou ele, que tinha certidões a retirar.
O advogado José Carlos Gehr, 50, tinha agendado uma ida ao fórum para consultar o andamento de seus processos e disse que não estava sabendo que o local estava interditado.
Gehr disse ter considerado acertada a medida de fechar o prédio até que uma inspeção de segurança seja realizada.
"Se é para prevenir, concordo. Depois é que não adianta reclamar", afirmou o advogado em entrevista ao UOL Notícias.
Comerciantes nos arredores do prédio também sentiram a queda do movimento. Assim foi com Gil Mario, 58, dono de uma papelaria ao lado do prédio. A venda de envelopes, canetas e cadernos no estabelecimento caiu 50%.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano
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