Vacina da covid-19
Condomínios do Rio passam a exigir comprovação para áreas comuns
Condomínios do Rio passam a exigir comprovante de vacinação para áreas comuns
Após campanha de conscientização, 95% dos moradores de um conjunto do Méier aderiram à norma voluntariamente. Na Penha, uma funcionária controla o acesso às áreas comuns
Condomínios do Rio passaram a exigir de moradores o comprovante de vacinação para o acesso a áreas comuns. Desde a quarta-feira passada (15), cariocas e turistas precisam mostrar o "passaporte" para frequentar locais públicos como academias e cinemas.
Na sala de ginástica de um conjunto no Méier, na Zona Norte, para malhar é preciso estar com a vacinação em dia. O gerente comercial Roberto Pereira, que mora no local, teve de apresentar o comprovante das vacinas na portaria para frequentar a academia.
"Todos nós nos sentimos mais seguros sabendo que todos já estão vacinados, todos estão tomando medidas preventivas", disse Pereira.
O condomínio tem de tudo: churrasqueira, quadra, parquinho, piscina, áreas coletivas para moradores e visitantes. Para circular nos espaços é preciso provar que se vacinou na administração do prédio. E já fica registrado para que o condômino não tenha de apresentar sempre a carteira de vacinação.
A adesão a essa nova regra, de mostrar o comprovante de vacinação, é voluntária no condomínio. E em menos de cinco dias, 95% dos moradores aderiram à norma. O síndico David Santos fez uma campanha educativa nos canais de comunicação do prédio para atrair a atenção dos condôminos. O condomínio não prevê multa para quem não aderir.
"Hoje a gente está trabalhando com a forma de conscientização de forma bem voluntária. Acho que por essa leveza as pessoas aderiram até mais à campanha. A gente ainda está numa pandemia e a gente precisa se cuidar", disse Santos.
De acordo com a prefeitura, como o condomínio é área particular, não comercial, a regra fica a critério do síndico. E ele pode determinar punição para quem não cumprir as normas do novo decreto.
Vanusa Vieira, gerente de negócios de uma empresa que faz gestão de condomínios, diz que cabe ao síndico prezar pela segurança de todos. Portanto, ele deve fazer o controle de acesso.
"É óbvio que o condomínio não pode proibir o acesso. Nem às áreas comuns nem ao condomínio, mas ele tem como aplicar as penalidades previstas no regimento e na convenção de condomínio. A penalidade pode ir desde uma orientação, desde advertência até a aplicação de uma multa", disse Vanusa.
O motorista de caminhão Emilson Souza Morais, morador do prédio, se sente mais protegido sabendo que todos estão vacinados. Mas continua usando a máscara.
"Eu acho necessário. Se é para proteger todo mundo, tem que usar", disse Morais.
A manicure Andréa Ferreira foi convidada para um chá de revelação no play do condomínio. O nome dela estava na lista e ela já sabia que precisaria mostrar o comprovante de vacina.
"Eu me sinto super à vontade, sem constrangimento algum. Pelo contrário, é um orgulho a gente hoje poder ter essa questão de vacinação", disse Andréa.
Num outro condomínio na Penha, na Zona Norte, a regra também está logo na entrada dos espaços coletivos. Tem uma funcionária só para controlar o acesso aos lugares fechados. Em todos eles e na piscina, a planilha de controle de quem já se vacinou é atualizada todo dia.
"Apresentando uma vez só, não gera incômodo para o morador, e todos ficam satisfeitos", disse o síndico Wiliam Cruz.
"A gente só teve elogios. Não tivemos nenhuma reclamação em relação ao controle. Graças a Deus, os moradores daqui tomaram a vacina e estão apresentando passaporte sem constrangimento", emendou.
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