Valor do condomínio
Conselho Regional irá apurar valor do condomínio em Bauru
O Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP) anunciou que irá realizar estudo para verificar a atuação das empresas de Administração de Condomínios de Bauru. A análise foi solicitada pelo delegado regional do conselho em Bauru, Helson Fagundes, após a matéria publicada no JC na última segunda-feira sobre o alto valor da cobrança do condomínio bauruense.
Na ocasião, o Sindicato de Habitação (Secovi) revelou que a média cobrada em Bauru é R$ 420,00. O valor é mais alto do que cidades de mesmo ou maior porte como São José do Rio Preto, cuja referência é R$ 380,00, e Sorocaba, que gira em torno de R$ 350,00.
Segundo o delegado, o valor realmente é alto e as justificativas apontadas para a média elevada precisam ser revistas, principalmente, em relação aos encargos trabalhistas da mão de obra empregada. Fagundes informa que, caso confirmadas as informações da reportagem, os encargos praticados no mercado bauruense são cerca de 30% mais caros do que os reais.
As informações serão enviados ao Conselho Regional na capital, onde será feita uma fiscalização das empresas administradoras. O delegado aponta que, caso encontrada alguma irregularidade, o Ministério Público pode ser acionado.
E os moradores e o síndico também devem ficar atentos ao problema. Helson Fagundes explica que, caso sejam encontrados preços semelhantes em todo o mercado das administradoras de condomínio em Bauru, pode-se cotar preços em outras cidades para verificar se há abusos na cidade.
“Outra alternativa é contratar um administrador próprio para fazer isso. O síndico pode contratar uma pessoa habilitada que faça a parte administrativa e trabalhe em conformidade com leis trabalhistas e sem vínculo com uma empresa, por exemplo”, alerta.
O delegado ainda ressalta que a intenção do CRA-SP é exatamente melhorar a qualidade do serviço prestado, sendo que as irregularidades cabem a ser verificadas pelo Ministério Público.
“Nós fiscalizamos o campo profissional. Todas as administradoras de condomínio regulares funcionam com autorização de nosso alvará. Então, iremos acioná-las para ver o que estão fazendo. Após as informações da matéria, iremos verificar onde está a ‘gordura’ existente e atuar na tentativa de baixar esse valor”, conclui o delegado Helson Fagundes.
Fonte: JC Net