Condomínio em Ferraz de Vasconcelos já fez pelo menos 12 vítimas
Sete mortes e cinco sobreviventes reforçam tese de asfixia por gás
O casal Flávio e Jaqueline, moradores do mesmo condomínio onde Dina Vieira da Silva e seus quatro filhos morreram em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, prestou depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), nesta segunda-feira (23), informando que passou por situação semelhante.
Segundo eles, em junho de 2012, dias após se mudarem ao prédio, Jaqueline ouviu o irmão pedir socorro no banheiro. Ele, que tomava banho, começou a passar mal. Sentindo náuseas e vomitando, foi arrastado por Jaqueline até a sala, onde deitou e pediu para irmã orar por ele.
Ainda de acordo com os depoimentos, após socorrer o irmão, Jaqueline foi amamentar a filha de cinco meses no quarto, quando também começou a passar mal. Ela voltou, então, até a sala e desmaiou sobre a criança.
Ao acordar, Jaqueline teria conseguido ligar para a irmã pedindo para chamar uma ambulância, mas nenhuma das duas se lembrava do endereço com clareza, pois a família havia mudado recentemente. A irmã pediu para mãe de Jaqueline ir até o local.
Quando chegou, já acompanhada de Flávio, marido de Jaqueline, encontraram os dois desmaiados no chão da sala. A criança começava a ficar roxa por causa da asfixia. As portas e janelas foram abertas e as vítimas, salvas. A família imaginou que uma intoxicação alimentar tivesse sido a causa do problema.
Flávio decidiu passar aquela noite sozinho no apartamento e também se sentiu mal após o banho. Ele afirmou ter vomitado e ficado desacordado até as 4h. Quando acordou, tentou pedir ajuda, mas acabou dormindo até as 17h.
O casal percebeu, então, que o problema era o gás. Um técnico disse a eles que poderiam ter morrido, já que o aparelho instalado não era compatível com o sistema de abastecimento de gás no local. Segundo o profissional, o apartamento contava com uma instalação destinada a GN (Gás Natural), mas o correto seria que o aquecedor fosse um aparelho para GLP (Gás Liquefeito de Petróleo)
Mais mortes
Além de Dina e dos quatro filhos, a polícia investiga a morte de Lucas Nascimento, de 23 anos, no dia 3 de junho. Lucas acabava de se mudar com sua mulher Viviane Nascimento, de 20 anos, grávida de sete meses à época.
Durante a noite, Viviane foi tomar banho, sentiu tontura e pediu ajuda ao marido, que a levou até a cama. Ela acordou por volta das 3h sentindo tontura e náuseas, quando percebeu que o marido, deitado ao lado, teria vomitado e já estava morto. Viviane, que foi socorrida pela mãe, acabou perdendo o bebê.
Fonte: http://noticias.r7.com/s
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