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Zika e chikungunya

Condomínio no RJ com 340 famílias sofre com doenças

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
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Um condomínio inteiro sofre com surto de zika e chikungunya na Zona Oeste do Rio

Situação preocupa as mais de 340 famílias que moram no local. Secretaria Municipal de Saúde diz que fiscaliza e busca eliminar os focos de mosquito em toda a cidade.

O Aedes aegypti fez um estrago em um condomínio inteiro na Zona Oeste do Rio. No Remy, na Taquara, em Jacarepaguá, muitas das 340 famílias têm alguém com zika e chikungunya. O morador Edson Ferreira diz que está comprovado por exames médicos que cerca de 80% dos moradores do loteamento pegou chikungunya.

“Aqui é mais fácil dizer quem não ficou doente. Inclusive tem casos muito graves aqui dentro”, disse o fotógrafo Alexandre Cavalcanti,

A dona de casa Sandra Barbosa conta que sente muita dor nas juntas e nos músculos. "Não aguento nem ficar muito tempo de pé", detalha. A aposentada Leia Andrade conta que ficou com a boca rachada e não conseguia se virar na cama.

A auxiliar de serviços gerais Rosângela de Lima conta que todo mundo da sua família pegou chikungunya. “Na minha família, todo mundo aconteceu de pegar chikungunya. A minha mãe, que está com 86 anos, tem a minha filha, o meu filho, o outro filho também, o meu neto, a minha neta”, enumerou a moradora.

A aposentada Ibegair Moreira conta que teve até de usar muletas. “Fiquei muito mal. Fui para o médico, não podia nem andar. Aí, eles disseram que o problema todo era chikungunya que estava atacando meus ossos todos, minhas pernas. Estou andando com essa muleta, que eu não consigo andar, por causa do meu joelho, atacou meus ossos todos”, reclamou a moradora.

A Secretaria Estadual de Saúde registrou ano passado mais de 39 mil casos de chikungunya, com 18 mortes. Ninguém morreu de zika, mas foram registrados quase 2.400 casos em 2018.

No condomínio Remy, os moradores atribuem o surto de zika e chikungunya ao descaso do poder público que não limpa, não conserva terrenos cheios de mato, focos de mosquito e valões.

A prefeitura disse que vem trabalhando para melhorar o atendimento dos chamados do 1746. Já a Secretaria Municipal de Saúde disse que faz o trabalho de fiscalização e eliminação dos focos do mosquito em toda a cidade, e que atende aos chamados do 1746 em até cinco dias úteis.

A Comlurb falou que só atua em áreas públicas, mas vai notificar o dono do terreno com mato alto para que ele limpe o local. Se a limpeza não for feita, ele vai ser multado.

Fonte: g1.globo.com

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